Promotora contesta pedido de prisão e poderá requisitar novas diligências
A promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco contesta a informação de que a Delegacia Fazendária, que investigou o superfaturamento de R$ 44,4 milhões na compra de maquinários pelo Governo, teria pedido no inquérito a prisão de 11 pessoas indiciadas no caso.
Ela alega que os delegados fazendários teriam sugerido a prisão de apenas dois envolvidos no suposto esquema. “O que existe é um relatório elaborado pela Polícia Fazendária, no qual representa por esta providência em relação a dois indiciados. No entanto, a manifestação ministerial ocorrerá no momento do oferecimento da denúncia”, frisa.
Ana Cristina ressalta ainda que não tem prazo estipulado para o oferecimento da denúncia e conclusão dos trabalhos, diante da complexidade das investigações. Isso porque, ainda resta fazer a análise técnica de 20 transferências de sigilos fiscais e bancários, cujos documentos ainda não foram remetidos pelas agências.
Outro fator, segundo a promotora, é que novas diligências poderão ser requisitadas diante dos resultados das transferências de sigilos fiscais e bancários.O inquérito da Delegacia Fazendária aponta indícios para a prática de crimes de fraude em licitação, corrupção e lavagem de dinheiro.
“A intenção é oferecer uma denúncia que inclua todos os envolvidos com a devida responsabilidade em cada um dos crimes que foram cometidos. Esperamos que não seja necessária a fragmentação da denúncia para garantir eficiência e celeridade na instrução processual”, destacou a promotora.
Entre os indiciados está o ex-secretário de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marchetti, dois servidores da pasta, além de 9 empresários. A aquisição de 705 máquinas e caminhões foi realizada por meio do programa “MT 100% Equipado” e o superfaturamento confirmado em um relatório da própria Auditoria Geral do Estado (AGE).
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