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Economia
Domingo - 28 de Novembro de 2010 às 16:11

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Crianças mais próximas do computador --mas ainda distantes da internet-- desenham oportunidades ao mercado de software educativo.

Apenas metade dos pequenos que usam o computador conecta-se à internet, segundo pesquisa finalizada em outubro pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação com 2.502 residências brasileiras com crianças.

O estudo mostra que 57% das crianças de cinco a nove anos já usaram o computador. O acesso à internet, porém, atinge 29% do total. Essa é uma das razões para o software educativo, antes restrito à escola, ganhar cada vez mais espaço nas casas.

As instituições de ensino ainda ocupam a maior fatia nas vendas, mas o uso doméstico, antes insignificante, supera os 20% do faturamento --e vem aumentando.

O que altera a característica do mercado é a maior preocupação dos pais, afirma Gislene Antunes, sócia-diretora da Softmarket, que produz e vende softwares. "De cinco anos para cá, eles começaram a investir na educação com o computador."

Segundo a empresária, o aumento da adesão ao PC em casa fez com que os pais buscassem conteúdo educativo.

O mercado, analisa Antunes, era forte há 15 anos, mas a qualidade gráfica dos softwares importados tornou a disputa mais difícil a partir do ano 2000. "Agora já temos tecnologia acessível para fazer um software com conteúdo regional e mais bonito."

Em 2000, chegaram ao mercado brasileiro os da Disney, com bons gráficos e personagens conhecidos da garotada. O conteúdo pouco regional, porém, fez com que as empresas nacionais se mantivessem nas escolas.

Outro nicho dentro do mercado de software educativo que ganha cada vez mais relevância é o da saúde.

Fisioterapeutas e psicólogos fazem parte do público-alvo dos programas criados por Cecília Gandra, sócia-proprietária da RCT, que desenvolve aplicativos chamados por ela de "atividades com o computador" dada a sua simplicidade .

Com produtos voltados para desenvolver habilidades específicas e treinamentos motores, Gandra investe agora em softwares para pessoas com deficiência.






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