Em uma semana, 11 acusados de tráfico de droga são presos no Estado em ações distintas
MT é alvo de nova operação da PF

Em Mato Grosso, as prisões ocorreram em Cuiabá (6), Rondonópolis (1) e Mirassol d"Oeste (1). No Estado foram apreendidos ainda 1 revólver calibre 38, munições, joias, 6 carros, 2 motos, R$ 85 mil e U$ 1 mil dólares.

Segundo a PF, a quadrilha era comandada por Jarvis, que está preso desde dezembro de 2009 no Paraguai. Ele foi detido durante uma ação da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) do país vizinho, com a colaboração da Polícia Federal (PF) brasileira e da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA). A ação, na época, foi considerada uma vitória para os órgãos de segurança do país vizinho.

As investigações da PF contaram com apoio da Senad, dando conta que um grande traficante brasileiro articulava o envio mensal de meia tonelada de pasta-base de cocaína para os estados brasileiros. Conforme a PF, a droga era transportada por terra, escondida em veículos. O traficante também utilizava pequenos aviões para facilitar a entrega do entorpecente, que era arremessado em pacotes e recolhidos por outros traficantes ligados ao grupo. Um dos lançamentos foi interceptado pela Polícia Federal na região de Uruguaiana, em 22 de julho. O carregamento interceptado era de 61 quilos.

Em Mato Grosso, a droga abastecia o mercado de consumidores de Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.

Deserto - No último dia 18, dentro da operação "Deserto", foram cumpridos, em Cuiabá e Rondonópolis, 3 mandados de prisão e 3 de busca a apreensão. A operação "Deserto" ocorreu ainda nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Assim como a quadrilha de Jarvis, o bando desmantelado na semana passada também usava aeronaves para facilitar o tráfico.

Nome - A PF afirma que mais de 250 policiais participam da operação intitulada "Matriz". A ação recebeu este nome porque a droga comercializada pelo grupo era "carimbada" com a imagem de um leão, representando a "marca" do cartel fornecedor da droga.

Currículo - Antes de ser preso no Paraguai, Jarvis havia sido detido Polícia Federal no Balneário Camboriu, em Santa Catarina, no ano de 2004. Na época, ele era acusado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. O traficante é apontado ainda como mandante do assassinato de um desafeto. O crime ocorreu no município de São Leopoldo, em 10 de julho deste ano.