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Polícia Brasil
Sexta - 26 de Novembro de 2010 às 05:12

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Treze presidiários que estavam na Penitenciária de Segurança Máxima de Catanduvas, no Paraná, foram transferidos na noite desta quinta-feira para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia. Entre os presos estão Marcinho VP e Elias Maluco.

De acordo com informações do setor de inteligência da Secretaria de Segurança, os dois estariam diretamente ligados aos atos de violência ocorridos na região metropolitana do Rio nos últimos dias. Outros quatro bandidos, que também tiveram a transferência pedida pelo secretário José Mariano Beltrame, serão mantidos nas unidades prisionais do Estado.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou que os detentos foram escoltados por agentes federais. Foram transferidos os presos: Cláudio José de Souza Fontarigo; Elias Pereira da Silva, Elias Maluco; Isaias Costa Rodrigues, Isaias da Borel; Leonardo Marques da Silva; Marcio Candido da Silva; Marcio dos Santos Nepomuceno, Marcinho da VP; Marcio José Guimarães; Marco Antonio Pereira Fermino Silva, My Thor; Ricardo Chavez de Castro Lima; Cleber Nunes de Azevedo; Fernandes de Oliveira Reis; Gilmar Luiz Binda e José Antônio Marin.

Até esta quinta-feira, pelo menos 32 pessoas morreram durante a onda de violência nas ruas do Rio e das cidades da região metropolitana.

Violência
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.

Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.

Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado.






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