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Polícia Brasil
Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 21:18

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O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, disse nesta quinta-feira que a polícia vai permanecer na Vila Cruzeiro, na zona norte da cidade, que foi palco hoje de uma grande operação para coibir os ataques que ocorrem no Estado desde o domingo (21). 

"Não vamos sair da Vila Cruzeiro. É importante prender essas pessoas, mas é mais importante tirar território. Ações de repressão como as de hoje são importantes como parte de um projeto maior que é a retomada de território pelo Estado", disse, durante entrevista coletiva na sede da secretaria.

Sobre o caráter da operação, ele disse que "não há o que se falar de UPP hoje. A ação de hoje está totalmente desconcertado do planejamento das UPPs". Informações divulgada mais cedo davam conta de que havia planos imediatos de instalar uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na Vila Cruzeiro --a secretaria nega.

"A polícia não vai lá para dar tiros, ela vai para debelar armas. A polícia não entra na Vila Cruzeiro para atirar, nossa proposta é uma proposta de paz. Mas bandidos que cruzarem nosso caminho serão atropelados", disse.

Beltrame afirmou também que a partir desta sexta-feira (26), o Rio terá reforço de 300 policiais federais para apoiar as ações das polícias Civil e Militar. "Recomendo que a sociedade mantenha sua rotina. As polícias estão 24h nas ruas. Não recuaremos, temos que ir em frente", disse.

Sobre as críticas que o Bope (Batalhão de Operações Especiais) fez, via Twitter, da filmagem e exibição da operação por helicópteros das TVs Globo e Record, Beltrame disse que não havia nada a esconder, mas afirmou que "o Bope tem pessoas muito técnicas e especializadas naquilo que fazem, então podem ter tido outra interpretação".

VALORIZADOS

O delegado Alan Turnowski, chefe da Polícia Civil, disse na entrevista que os policiais que participaram da operação se sentiram "valorizados" com o uso de veículos blindados, conhecidos como Caveirão, que permitiram que atravessassem a "linha de fogo".

"As polícias Militar e Civil conseguiram tomar com certa facilidade um território que antes era tido pelos traficantes como um lugar seguro. Ficou mais uma vez provado que o Estado unido entra em qualquer lugar. Que isso seja um recado para outros traficantes. Estamos apenas iniciando um caminho sem volta", disse.

O comandante-geral da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, disse que ainda não havia um balanço do número de feridos e mortos porque as tropas ainda estão se deslocando. Ele disse que cerca de 450 policiais participaram da ação, no total.






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