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Economia
Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 13:40

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O diretor-geral da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Bernardo Figueiredo, e representantes da indústria ferroviária em reunião nesta quinta-feira foram informados que o governo vai anunciar amanhã se mantém o leilão do trem-bala na segunda-feira ou se adia.

Anteontem, a Abifer (Associação Brasileira da Indústria ferroviária) pediu formalmente que o leilão seja adiado por seis meses devido ao pouco tempo que os consórcios tiveram para formatar propostas. O presidente da instituição, Vicente Abate, disse que o encontro foi positivo e que espera ter o pleito atendido.

Mais cedo, o superintendente da ANTT, Hélio Mauro, informou que o edital do trem-bala tem dois pedidos de impugnação. Segundo ele, os pedidos não são de concorrentes e estão relacionados aos problemas apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no estudo de viabilidade.

Os pedidos estão em análise e não impedem o início do leilão na segunda-feira. Eles podem ser respondidos até 16 de dezembro, data de anúncio do vencedor.

Ontem, a Folha publicou que Figueiredo disse que o leilão do trem-bala, marcado para segunda-feira (29), está mantido no que depender da agência.

Segundo ele, não houve mudanças no edital que justifiquem o aumento de prazos. Para ele, os pedidos de adiamento não são para que apareçam novos investidores, mas para que as empresas pressionem o governo para dar mais benefícios, o que segundo ele não vai acontecer. Bernardo afirmou contudo que o governo pode decidir pelo adiamento, mas será uma decisão por motivos políticos.

FRANCESES

A declaração foi dada após empresas francesas de trens de alta velocidade anunciarem a desistência de participação no leilão. Alemães e espanhóis devem seguir o mesmo caminho, conforme apurou a Folha.

Os grupos multinacionais estão sendo procurados desde a semana passada pela ANTT para formarem consórcios com empresas nacionais, mas ainda apostam num adiamento do leilão por parte do governo.

Com a desistência francesa, o governo fica ainda mais pressionado a tentar conseguir que pelo menos mais um consórcio entre na disputa.

Até agora, só o grupo sul-coreano, formado pela estatal operadora Korail e pela fabricante Rotem/Hyundai e que teria mais 20 empresas nacionais e estrangeiras, confirma que fará proposta.






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