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Economia
Quinta - 25 de Novembro de 2010 às 12:05

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O superintendente da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), Hélio Mauro, informou que o edital do trem-bala tem dois pedidos de impugnação. Segundo ele, os pedidos não são de concorrentes e estão relacionados aos problemas apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União) no estudo de viabilidade.

Os pedidos estão em análise e não impedem o início do leilão na segunda-feira. Eles podem ser respondidos até 16 de dezembro, data de anúncio do vencedor. Ainda hoje representantes da indústria ferroviária estarão na ANTT tentando adiar a data de entrega das propostas.

Ontem, a Folha publicou que o diretor da ANTT Bernardo Figueiredo disse que o leilão do trem-bala, marcado para segunda-feira (29), está mantido no que depender da agência.

Segundo ele, não houve mudanças no edital que justifiquem o aumento de prazos. Para ele, os pedidos de adiamento não são para que apareçam novos investidores, mas para que as empresas pressionem o governo para dar mais benefícios, o que segundo ele não vai acontecer. Bernardo afirmou contudo que o governo pode decidir pelo adiamento, mas será uma decisão por motivos políticos.

FRANCESES

A declaração foi dada após empresas francesas de trens de alta velocidade anunciarem a desistência de participação no leilão. Alemães e espanhóis devem seguir o mesmo caminho, conforme apurou a Folha.

Os grupos multinacionais estão sendo procurados desde a semana passada pela ANTT para formarem consórcios com empresas nacionais, mas ainda apostam num adiamento do leilão por parte do governo.

Com a desistência francesa, o governo fica ainda mais pressionado a tentar conseguir que pelo menos mais um consórcio entre na disputa.

Até agora, só o grupo sul-coreano, formado pela estatal operadora Korail e pela fabricante Rotem/Hyundai e que teria mais 20 empresas nacionais e estrangeiras, confirma que fará proposta.

A França foi o segundo país a deter a tecnologia, em 1981. Sua fabricante de equipamentos, a Alstom, é a que tem mais trens de alta velocidade em operação no mundo. É investigada por suspeita de pagamento de propina por contratos no Brasil.

Os japoneses, pioneiros na tecnologia, também não devem entrar no negócio. Uma fonte do país classificou como "muito difícil" a participação no projeto que prevê ligar Campinas-SP-Rio se o leilão for na segunda.

Um grupo de 20 empreiteiras de São Paulo ligadas à Associação de Empreiteiras de Obras Públicas e que se apresentou como interessado desistirá se a data for mantida.






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