Lula diz não querer ser secretário-geral da Unasul
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não está disposto a assumir a secretaria-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas). O bloco, formado por 12 países da região, se reunirá quinta e sexta-feira em Georgetown, Guiana, para a 4ª reunião de cúpula.
Com a morte do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, no mês passado, a Unasul ficou sem secretário-geral. Kirchner comandou o bloco por seis meses.
Segundo o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach, qualquer especulação de que Lula assumirá é "infundada" e que não está em seus planos "postular ou aceitar esse cargo no momento."
O Brasil não apresentará nenhum nome, mas espera que o novo secretário-geral seja alguém com projeção política e trânsito em todos os continentes.
Como não houve ainda a apresentação formal de indicados, o governo brasileiro não se manifestou a favor de nenhum país. O Uruguai deverá apresentar a indicação do ex-presidente Tabaré Vásquez.
DIREITOS HUMANOS
Além de começar a discutir a sucessão de Kirchner, os países integrantes da Unasul debaterão sobre a criação do Conselho de Direitos Humanos do bloco, proposta apresentada pelo Brasil em junho de 2009. Estará na mesa de discussões, também, os conflitos ocorridos no Equador entre polícia militar e governo, em setembro.
O presidente Rafael Corrêa ficou sitiado em um hospital durante uma rebelião da polícia. No tratado de criação da Unasul há uma cláusula que trata da defesa da democracia. Será assinado protocolo adicional sobre o tema condenando a tentativa de golpe a governos democraticamente eleitos.
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