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Terça - 23 de Novembro de 2010 às 10:10

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Ricardo Cassiano/Folhapress
Bola aérea é o segredo dos zagueiros do Fluminense
Bola aérea é o segredo dos zagueiros do Fluminense

Eles formam o setor menos badalado do Fluminense, o único clube que depende apenas de seus resultados para ganhar o Brasileiro --basta vitórias contra o desinteressado Palmeiras e ante o desesperado Guarani nas últimas duas rodadas.

Mas é a defesa o grande diferencial do time carioca.

Primeiro por fazer o mais importante para quem joga na posição. Comandado por Muricy Ramalho, um especialista em sistemas defensivos, o Fluminense é o time menos vazado do Nacional (é o único com média inferior a um gol sofrido por jogo).

E também por aparecer no ataque para fazer gols.

Juntos, os titulares da zaga tricolor somam 14 gols. Foram cinco do zagueiro Leandro Euzébio, quatro de Gum, também zagueiro, três do lateral direito Mariano e outros dois do lateral esquerdo Carlinhos. Esses quatro respondem por 24% da artilharia total do time das Laranjeiras.

A comparação com a zaga do vice-líder Corinthians é cruel para o time paulista.

O time do Parque São Jorge tem só a quinta retaguarda menos vazada. E sua zaga titular, mesmo com especialistas em lances de bola parada, casos de Chicão e Roberto Carlos, soma míseros três gols neste Brasileiro, ou só 5% do total de tentos do time.

Com o dinheiro farto da sua parceira, a Unimed, o Fluminense investiu pesado em meias e atacantes famosos, como Deco, Conca, Fred e Émerson. Na hora de montar a defesa, que começou jogando o Brasileiro no 3-5-2 e hoje atua no 4-4-2, o clube foi bem mais econômico.

Os defensores titulares do clube chegaram de equipes médias. Gum, 24, defendia a Ponte Preta, onde tinha a mesma habilidade para fazer gols de cabeça como o que marcou contra o São Paulo, anteontem. Seu parceiro Leandro Euzébio, 29, era atleta do Goiás até 2009.

Entre os quatro defensores titulares, Mariano, 24, é o que está há mais tempo no clube. Mas nunca mostrou a mesma aptidão pelo ataque como agora. Tanto que ele já foi até convocado para servir a seleção brasileira.

Na lateral esquerda, Carlinhos, 23, fez parte do time do Santo André que surpreendeu no Campeonato Paulista durante o primeiro semestre, quando foi batido pelo Santos de Neymar na final.






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