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Segunda - 22 de Novembro de 2010 às 08:26
Por: Téo Meneses

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As eleições suplementares para escolha de prefeito e vice-prefeito em 5 municípios de Mato Grosso devem custar nesse ano à Justiça Eleitoral R$ 67.379,89. A estimativa aponta que o maior custo será em Santo Antônio do Leverger (a 34 km de Cuiabá), pois o pleito fora de época na cidade já custou R$ 16,3 mil aos cofres públicos.

A previsão de gastos foi feita pela secretário de Administração e Orçamento do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/MT), Nilson Fernando Gomes Bezerra. Segundo ele, os valores representam principalmente gastos com alimentação de mesários e demais auxiliares, deslocamento de servidores, combustível, convocação de mesários, entre outros.

"Esses gastos variam também de acordo com o momento em que é realizada a eleição e localização do município", afirma. A eleição fora de época em Santo Antônio do Leverger foi a mais cara nesse ano devido à extensão do município, que tem apenas 14 mil eleitores, mas 66 seções eleitorais e 36 locais de votação, muitos deles em distritos distantes do centro da cidade.

A eleição em Leverger foi realizada no dia 5 de setembro, já que o prefeito e vice-prefeito eleitos em 2008 (Faustino Dias Neto e Izaías Vieira) foram cassados por compra de votos e perderam todos os recursos judiciais com os quais tentavam se manter nos cargos.

Os eleitores de Ribeirão Cascalheira tiveram que escolher novamente prefeito no dia 7 de novembro, após o prefeito Francisco Diá (PT) também ser cassado por abuso de poder econômico. A eleição na cidade foi barata devido ao pequeno número de locais de votação (4), o que não precisa de tanta estrutura por parte da Justiça Eleitoral.

No caso de Poconé, Novo Mundo e Campos de Júlio, que escolhem prefeitos e vice em 5 de dezembro, o TRE frisa que os valores se tratam de uma projeção. Muitos gastos são computados para se ter uma reserva de contingência, como alimentação, aluguel de automóveis, entre outros, o que levar a previsão de despesas que podem não ser utilizadas.

Os gastos das eleições suplementares podem parecer pequenos em comparação à eleição geral, por exemplo, que contou com orçamento de R$ 10,6 milhões nesse ano. Além do gasto, a realização de eleições fora de época, no entanto, demandam atenção especial da Justiça diante dos preparativos para diplomação de deputados, senadores e governador eleitos em 3 de outubro. O presidente do TRE, desembargador Rui Ramos, afirma que, por isso, o eleitor deve votar com consciência e sem permitir influência do poder político e econômico no processo eleitoral. Dos 21 prefeitos cassados desde 2008, a maioria foi acusada de compra de votos.





Fonte: A Gazeta

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