Políticos podem estar envolvidos
A Polícia Federal não descartou investigar a participação de políticos nas irregularidades investigadas na “Operação Atlântida”. “O trabalho necessita ser complementado com as oitivas das pessoas presas e das que foram ouvidas. Precisamos, também, analisar documentos e outros materiais apreendidos durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Após estes procedimentos, bem como o cruzamento de dados, as novas provas serão anexadas aos autos”, disse o superintendente da PF em Mato Grosso, delegado Valmir Lemos, ao ser questionado sobre desvio de recursos de emendas de deputados federais e senadores.
O delegado federal que coordenou as investigações em Barra do Garças, Eder Magalhães, disse que pretende investigar o possível envolvimento de prefeitos no esquema, já que parte dos recursos desviados são oriundos de programas firmados entre as prefeituras com o governo federal.
A delegada Luciane Alves disse ainda que a PF busca evidências que provem o suposto pagamento de propina aos servidores envolvidos. Por meio de nota, o governo do Estado informou ontem que decidiu afastar por 90 dias o funcionário público João Marques Pontes, atualmente coordenador de licitação da Secretaria de Infraestrutura. Os outros três servidores comissionados, da mesma pasta, também acusados de participarem desses procedimentos ilegais, serão afastados e exonerados imediatamente. Adriano Ferreira Araújo, coordenador financeiro; Edson Luiz Raia, superintendente de habitação; e Ana Catarina de Souza e Silva, gerente na superintendência de vias urbanas.
Atlântida - A ação foi batizada como “Operação Atlântida” em alusão ao mito narrado por Platão no diálogo Crítias, no qual menciona que Atlântida (ou Atlantis), cidade esplendorosa, com arquitetura monumental e engenharia avançada, era uma nação próspera até que a corrupção dos atlantes os conduziu à desobediência das leis fundamentais, motivo pelo qual mereceram o castigo de Zeus, que a fez submergir no oceano. (JC)
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