Mais de R$ 30 mil reais também foram apreendidos. A operação conta com apoio da Controladoria Geral da União.
PF apreende mais de 40 mil dólares durante operação contra desvio de dinheiro público

A polícia federal confirmou hoje a apreensão de grande quandida de dinheiro durante a operação realizada na capital e outras cidades de Mato Grosso. A operação "Atlântida" que começou de manhã, tem como objetivo desmontar um esquema de fraudes em licitações em Mato Grosso.

Foram apreendidos US$ 42 mil dólares e mais R$ 34 mil reais na casa dos suspeitos de envolvimento com o esquema criminoso. Convertida em moeda nacional, todo o dinheiro apreendido passa dos R$ 100 mil.

A PF suspeita que o dinheiro tenha sido obtido com o desvio de verbas públicas, vindas de emendas parlamentares. Os recursos foram liberados pelos Ministérios da Saúde, Integração Nacional e Cidades. 

Segundo a Controladoria Geral da União e a Polícia Federal, as fraudes ocorriam principalmente em licitações para execução de obras em Mato Grosso, custeados com dinheiro do Governo Federal. Outra irregularidade detectada foi a qualidade das obras.

Durante as investigações, peritos da Polícia Federal fizeram escavações e fotografaram obras de pavimentação em vários municípios para comprovar as fraudes. A qualidade da obra é inferior do que foi previsto nos editais.

De acordo com o projeto previsto, a espessura da camada de asfalto que deveria ser de 40 centímetros nas obras executados no estado, está bem abaixo. 

O trabalho foi entregue à polícia federal que passou a analisar as licitações em cinco municípios do Vale do Araguaia .

Barra Do Garças, Campinapólis, Canaranã, Novo são Joaquim e Portal do Araguaia.

De acordo com a Polícia Federal, o esquema para desviar recursos públicos conta com a participação de servidores públicos, que direcionavam licitações para beneficiar determinados grupos de empresas.

Prisões

Na operação realizada nesta sexta-feira, 26 pessoas acusadas de causar prejuízo de R$ 38 milhões aos cofres públicas foram presas. A maioria em Mato grosso. Também houve prisões no Paraná e em Goiás. Entre os acusados estão empresários, engenheiros, servidores públicos e um funcioná da Caixa Econômica Federal.