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Economia
Sexta - 19 de Novembro de 2010 às 09:45

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Nesta sexta-feira (19), a partir das 8h, a Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) realiza o II Fórum Estadual de Infraestrutura de Transportes, na sede da instituição. No evento será apresentado ao público o Projeto Norte Competitivo, estudo inédito sobre o tema, ocorrerá também o lançamento da Agenda Mínima da Infraestrutura de Logística e Transportes de Mato Grosso da Fiemt, que engloba os dados regionais sobre o assunto, além de palestras e um debate entre os participantes. Diversas autoridades já estão confirmadas para o encontro.

O Projeto Norte Competitivo, sem dúvida, é uma das apresentações mais esperadas, pois trata-se de um estudo aprofundado, indicando quais são os eixos de integração de transportes e quais as obras prioritárias demandadas. A pesquisa, que demandou mais de um ano, foi encomendada à consultoria Macrologística pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da Ação Pró-Amazônia, que engloba as Federações das Indústrias dos nove Estados que compõem a Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

“Sempre defendemos que o trabalho em conjunto teria mais consistência, e o projeto é um reflexo disso. Com a união desses Estados e com o estudo em mãos faremos reivindicações ainda mais fortes ao Governo Federal, que precisa se sensibilizar e investir em logística numa das regiões que mais produzem no Brasil”, enfatiza o presidente em exercício do Sistema Fiemt, Jandir Milan.

Trata-se de um estudo único, que analisa a complexa realidade socioambiental e geográfica da região e propõe a implementação de uma infraestrutura de transporte – baseada em eixos de desenvolvimento – que forme um sistema de logística integrado, sem fronteiras estaduais, e intermodal, privilegiando aqueles de menor custo. O Projeto Norte Competitivo recebeu total respaldo da CNI, também pelo potencial de integração nacional, já que as análises levaram em consideração eixos de transportes nacionais e internacionais (saída pelo Oceano Pacífico e pelo Caribe).

O Projeto Norte Competitivo aponta quais são os nove eixos de integração prioritários que permitirão reduzir os custos logísticos da Amazônia Legal, aumentando a competitividade da região (ver quadro). Para viabilizar o desenvolvimento desses eixos principais, são necessários investimentos da ordem de R$ 14,1 bilhões. A estimativa de economia no custo de logística total da Amazônia Legal, que atualmente está em R$ 17 bilhões e que chegará em R$ 33,5 bilhões com o volume de produção previsto para 2020, alcançará R$ 3,8 bilhões anuais. Ou seja, o investimento total previsto se pagaria em menos de quatro anos com as economias obtidas.

De acordo com o engenheiro Renato Pavan, sócio da Macrologística, que já desenvolveu projetos similares para Goiás, Minas Gerais e Espírito Santo, além de Santa Catarina, a estratégia foi identificar os sistemas de logística de menor custo, compostos por grandes eixos de transporte intermodais que pudessem tornar a Amazônia Legal mais competitiva. “Mapeamos as 16 principais cadeias produtivas, responsáveis por 95% da produção local e 98% de tudo o que é exportado ou importado pela região, e também projetamos o aumento da produção até 2020. A situação hoje já é ruim. Temos que investir fortemente em infraestrutura para suportar o crescimento da produção até 2020 e também nos tornarmos mais competitivos, por meio da redução do custo”, explica. A análise das cadeias produtivas englobou mais de 50 produtos diferentes, que foram mapeados e projetados em âmbito municipal e para os quais foram feitas matrizes origem-destino, já que isso influencia no custo de transporte.






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