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Sexta - 19 de Novembro de 2010 às 09:32
Por: Romilson Dourado

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Guilherme Maluf tem aval de Thelma para assumir PSDB, mas terá de absorver assessores da deputada derrotada
Guilherme Maluf tem aval de Thelma para assumir PSDB, mas terá de absorver assessores da deputada derrotada

Guilherme Maluf, único tucano a garantir vaga na Assembleia, fez acordo com a deputada federal Thelma de Oliveira para empregar os assessores dela em cargos DAS. Em moeda de troca, Thelma, que não conseguiu se reeleger e hoje conduz o diretório estadual, vai apoiá-lo para a presidência do partido no Estado. A aproximação dos dois se deu depois que o ex-prefeito de Cuiabá e candidato derrotado a governador Wilson Santos anunciou apoio ao nome do deputado federal eleito Nilson Leitão para o comando do PSDB. A data da eleição será definida neste mês.

Mesmo fragilizada em Mato Grosso, a agremiação tucana ainda vive clima de racha. Cada grupo tenta "ressuscitar" a sigla sua maneira. O PSDB foi o maior no Estado durante o governo Dante de Oliveira (1995/2002). Chegou a ter 55 prefeitos. Hoje, possui apenas seis.

Nesse acordão com Thelma, Maluf ficou numa saia-justa. Se vê forçado a dispensar velhos aliados para contratar pessoas do gabinete da deputada, que ficará sem mandato a partir de 1º de fevereiro do próximo ano. Entre os que são da equipe de Thelma e que devem pular para a equipe do deputado estão Aparecido Alves, Jorge Morais e ao menos um dos três irmãos da parlamentar, sendo eles Ronaldo, Roberto e Robson Pimentel, braço-direito e responsável por cuidar das emendas de Thelma.

Maluf sonha com a candidatura a prefeito da Capital. Quer fazer barulho nos próximos dois anos como deputado, de modo a viabilizar seu novo projeto político. O problema é que ele não conseguiu uma votação expressiva na reeleição, embora tenha sido o único do PSDB a conquistar espaço na Assembleia. Teve 26.156. Essa falta de cacife surge como obstáculo. Sua votação ficou aquém, por exemplo, da do deputado reeleito para o terceiro mandato Sérgio Ricardo, que garantiu 87.407 e se transformou em opção natural do PR para concorrer também ao Palácio Alencastro.

Para se viabilizar eleitoralmente, Maluf tem outras barreiras, como a oposição a seu nome de Wilson e do ex-senador Antero de Barros, ambos derrotados neste ano ao Governo e ao Senado. Os dois vêem o deputado, médico e empresário com uma certa desconfiança, principalmente depois que Maluf anunciou no decorrer da campanha que poderia apoiar o projeto de reeleição do governador Silval Barbosa (PMDB) em detrimento da candidatura do colega tucano. Por causa da lei pró-fidelidade, Maluf não tem como deixar a sigla tucana, sob pena de ter o mandato cassado.





Fonte: RD News

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