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Polícia Brasil
Quinta - 18 de Novembro de 2010 às 17:55

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Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, foi o primeiro condenado pela participação do assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel (PT).

Após quase seis horas de debate entre defesa e acusação, ele foi condenado por um júri formado por cinco mulheres e dois homens. A pena é de 18 de anos.

O julgamento de Marquinhos começou hoje no Fórum de Itapecerica de Serra (SP) por volta 10h sem a presença dele. Ele é o primeiro dos sete denunciados sob a acusação de envolvimento no assassinato do prefeito morto com oito tiros em janeiro de 2002.

Marquinhos não compareceu ao júri pois está foragido. Ele teve sua prisão preventiva decretada porque não foi localizado por um oficial de Justiça semana passada.

O advogado de Santos, Adriano Marreiro dos Santos, já havia dito que ele não iria. "É um direito do réu não ir ao seu julgamento."

O promotor afirmou em frente ao júri que o réu não compareceu ao julgamento pois "tem culpa no cartório".

Na sua exposição, o advogado que defende o réu, afirmou que ele foi torturado pela Polícia Civil.

A tortura aconteceu no DEIC (Delegacia Estadual de Investigações Criminais) e no DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), de acordo com o defensor.

Na tréplica, ele reafirmou a tese de que não há provas suficientes contra o réu, pois os depoimentos contra ele foram dados por outros réus.

Ele também afirmou que o ex-deputado federal Luiz Eduardo Greenhalgh atuou no caso Celso Daniel para defender interesses do PT e não humanistas.

Já o promotor Francisco Cembranelli pediu a condenação do réu. Segundo o promotor, depoimentos de 21 testemunhas, entre eles alguns acusados, permitem comprovar que Marquinhos dirigiu um dos dois veículos que perseguiram o carro em que Daniel estava na noite do sequestro.

De acordo com o promotor, as provas também indicam que o réu encomendou o roubo do outro veículo usado na ação, uma Blazer, e foi o responsável pelo transporte de Daniel da Favela Pantanal em São Paulo, para o cativeiro, em um sítio alugado em Juquitiba.






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