BNDES cogita aceitar até terrenos para bancar arenas da Copa-2014
O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) cogita aceitar até mesmo terrenos dos clubes que ainda não entraram com pedidos de financiamento para a construção de estádios que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014.
Três estádios privados receberão partidas do próximo Mundial: Beira-Rio, em Porto Alegre, que pertence ao Internacional, Arena da Baixada, em Curitiba, do Atlético- -PR, além do novo estádio do Corinthians, em Itaquera.
O diretor de Inclusão Social do BNDES, Élvio Gaspar, disse que a principal dificuldade dos clubes é a apresentação de garantias financeiras para ancorar o empréstimo. Os chamados ativos reais, como terrenos e propriedades, podem ser aceitos também em outras modalidades de empréstimos.
Até agora, o banco já aprovou empréstimos em operações que envolvem os governos estaduais para Amazonas, Bahia, Ceará, Mato Grosso e Rio, mas ainda não iniciou o desembolso. Pernambuco deverá ser o próximo a ter o empréstimo aprovado.
Segundo Gaspar, clubes de futebol são "clientes difíceis" para o banco. Ele afirma que os clubes estão se organizando para estruturar modalidades de fiança bancária ou ativos reais, como terrenos, para que o banco tenha garantias de retorno dos empréstimos.
O presidente do Atlético-PR, Marcos Malucelli, disse que não vai recorrer ao empréstimo. "Não temos interesse. O dinheiro é caro", diz.
Segundo ele, os gastos de R$ 145 milhões serão compartilhados com a prefeitura e com o governo do Estado. O clube se reuniu com o banco, mas, diz Malucelli, foi informado de que "o BNDES não financia clubes de futebol".
O BNDES afirma que não existem restrições a empréstimos para clubes, mas que normalmente o caminho é emprestar via agente financeiro ou por meio da construtora responsável pela obra, por conta da apresentação de garantias financeiras.
O Inter disse negociar com Banrisul e Santander para que um dos bancos atue como agente financeiro na operação com o BNDES. O valor do projeto fica entre R$ 155 milhões e R$ 200 milhões.
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