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Nacional
Segunda - 15 de Novembro de 2010 às 18:45

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Michele Lopes/ VNews
Soldados do Corpo de Bombeiros caminham em meio a destroços
Soldados do Corpo de Bombeiros caminham em meio a destroços
 
O voo que deixou duas pessoas mortas na tarde desta segunda-feira (15), em Bragança Paulista, no interior de São Paulo, era um presente de aniversário para o rapaz que havia acabado de completar 18 anos. Era a primeira aula dele.

João Mendonça foi ao aeroclube de Bragança com a família para voar com o instrutor Rafael Giacon Cunha, de 22 anos. Segundos após decolar, a aeronave perdeu sustentação, caiu e pegou fogo. João e Rafael morreram carbonizados.

O pai, que observava o voo em solo, passou mal e teve que ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros. Ele foi encaminhado para um hospital de Bragança Paulista e teve de ser internado.

O avião acidentado em Bragança Paulista é um P-56, conhecido como Paulistinha. O modelo é muito utilizado em instruções de voo e é um equipamento considerado seguro.

"Essa aeronave faz parte de um projeto idealizado na década de 50. É um equipamento dócil, largamente utilizado em instruções e formou a maioria dos pilotos que estão hoje no mercado aeronáutico civil", diz Plinio Vicentin, piloto há 22 anos, atualmente baseado no aeroclube de Guaratinguetá.

Segundo ele, a manutenção do aeroclube de Bragança Paulista é uma das melhores do país. Um fator considerado desafiador para este modelo de aeronave é a força dos ventos. "É uma aeronave muito leve e com vento muito forte o voo se torna perigoso", afirma o piloto.

As causas do acidente devem ser divulgadas em até 60 dias, após perícia da Aeronáutica e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A mesma aeronave sofreu um acidente em 2004, quando também registrou problemas na decolagem. Na ocasião,  duas pessoas ficaram feridas.






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