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Internacional
Sábado - 13 de Novembro de 2010 às 00:02

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A senadora do departamento haitiano de Plateau Central, Edmonde Suplice Beauzile, pediu nesta sexta-feira uma investigação independente sobre a responsabilidade da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah) na propagação da epidemia de cólera, que já deixou 796 mortos no país.

Segundo ela, está claro que soldados nepaleses da Minustah foram responsáveis pela contaminação de um afluente do rio Artibonite em sua passagem por Mirebalais, no leste do Haiti.

"Os sedimentos contaminaram o rio, causando a morte de muitas pessoas neste departamento e no de Artibonite, no norte", ressaltou.

"Pedimos à Minustah" que solicite a "um organismo independente que abra uma investigação", disse a senadora.

Análises realizadas pelos Centros de Detecção e Controle das doenças (CDC) dos Estados Unidos revelaram que a bactéria responsável pela epidemia de cólera no Haiti é similar a uma encontrada na Ásia meridional.

Diante das acusações que relacionam a Minustah à origem do surto, o porta-voz da missão, Vincenzo Pugliese, afirmou nesta quinta-feira que "é errado tentar estabelecer um vínculo direto entre a propagação da doença no Haiti e a missão do Nepal"

Ele ressaltou que "as denúncias de que os soldados" foram responsáveis pela contaminação do rio "são totalmente falsas" e acrescentou que a bactéria "pode alcançar qualquer ponto do território do Haiti".

MORTES

A ONU fez nesta sexta-feira um apelo urgente para arrecadar US$163,8 milhões com o objetivo de evitar que a epidemia de cólera no Haiti, que já matou ao menos 800 pessoas e provocou a hospitalização de 11 mil pacientes, fuja do controle.

"Precisamos absolutamente deste dinheiro o mais rápido possível para evitar que sejamos superados por esta epidemia, declarada em meados de outubro", afirmou a porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, Elisabeth Byrs.

De acordo com o balanço mais recente do ministério da Saúde do Haiti, 497 mortes, ou seja, mais de dois terços do total de óbitos registrados, aconteceram no departamento de Artibonito (norte), principal foco da epidemia.

Mas as organizações internacionais consideram que a situação é potencialmente mais preocupante em Porto Príncipe, a capital superpovoada do país na qual vivem um milhão de pessoas em condições sanitárias precárias desde o terremoto de 12 de janeiro.





Fonte: Efe

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