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Internacional
Sexta - 12 de Novembro de 2010 às 15:45

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Cerca de 40% da população da Rússia -- aproximadamente 57 milhões de pessoas-- consome uma taxa superior de álcool à qual a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera tolerável, informou nesta sexta-feira o ministério da Saúde.

"Os problemas econômicos, sociais e familiares que castigam este país têm sua origem, principalmente, no abuso do álcool. Entre 30% e 40% de nossa população bebe em excesso", assinalou Yevgueni Briun, porta-voz dessa pasta.

Segundo o funcionário, 2,7 milhões de russos, 2% da população, se submetem a tratamento de reabilitação.

O consumo médio de álcool entre os russos chega a quase 18 litros ao ano, o dobro da quantidade máxima tolerada pela OMS.

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, reconheceu em várias ocasiões que as restrições dos últimos anos na produção, venda e publicidade de bebidas alcoólicas quase não mudaram o panorama.

De pouco serviu também o endurecimento das sanções contra quem dirige embriagado nas estradas do país, onde recentemente se impôs a tolerância zero ao álcool.

O chefe do Kremlin insistiu em que não se trata de promulgar uma "lei seca", mas de adotar medidas a longo prazo que acabem, de uma vez por todas, com os maus costumes da população, que bebe mais de 2 bilhões de litros de álcool por ano.

Segundo relatório da ONU, um em cada três russos morre por abuso da bebida ou por causas derivadas de seu consumo, enquanto o álcool está presente em 80% dos assassinatos e 40% dos suicídios.

Medvedev não foi o primeiro presidente russo a introduzir medidas drásticas para atenuar um dos principais problemas da Rússia, onde a vodca é a bebida nacional.

Em agosto de 1914, o czar Nicolau 2º impôs a primeira "lei seca" da história da Rússia com o objetivo de dedicar a produção de álcool à cura dos feridos na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

O último dirigente da antiga União Soviética, Mikhail Gorbachov, lançou logo após assumir o poder, em 1985, uma campanha nacional contra o álcool, mas teve uma péssima recepção entre a população.





Fonte: DA EFE

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