Materiais para a construção sobem 9,35% em MT
Os preços dos materiais para a construção registram incremento de 9,35% de janeiro a outubro deste ano em Mato Grosso. O registro é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) que ainda divulgou uma pequena alta no valor de outubro de 0,25%, metade do registrado no país no décimo mês. Na comparação entre as unidades da federação, a alta foi superior em cerca de 2 pontos percentuais, mesmo com um custo médio R$ 5 menor.
De acordo com o levantamento, para construir um metro quadrado gasta-se R$ 756,36 em Mato Grosso e R$ 761,74 em média no país. Há um ano este valor, no Estado, era de R$ 689,73. O custo mato-grossense, apesar de menor do que a média nacional, é o segundo maior da região Centro-Oeste, ficando atrás apenas do Distrito Federal, cujo custo é de R$ 782,80.
O presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais para Construção (Acomac), Antônio Zompero, diz que o alto custo da construção no Estado se deve a dois fatores principais, que seriam os impostos e os custos com o frete. "Pagamos impostos muito elevados e isso faz com clientes deixem de comprar aqui para ir para outros estados".
A expectativa do setor agora é com relação à redução do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) de 15,95% para 10,15% a partir de primeiro de janeiro do próximo ano. Segundo Zompero, a redução da alíquota é uma reivindicação antiga do setor e vai ser repassado ao consumidor. "Não queremos ampliar nossa margem de lucro, brigamos para sobreviver no mercado e tornar nossos produtos mais competitivos", avalia ao comentar que apesar de não haver confirmações, as associações ainda esperam a manutenção da redução do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) pelo governo federal.
Quanto às vendas, comerciantes estão entusiasmados com os próximos meses e esperam recuperar o que não cresceu. É o que afirma o proprietário da Verdão, José Wenceslau Júnior, que projeta um aumento de 15% nas vendas de final de ano em relação ao mesmo período do ano passado. "A gente esperava um crescimento de 16% em outubro e não aconteceu. Estamos deduzindo que em função da eleição, muita mão-de-obra deu preferência pelos bicos de campanhas e com isso houve um desfalque no setor. Agora queremos acelerar as vendas".
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