"É o mínimo que eu espero que eles façam, com a coragem de dizer publicamente o que eles acham que deve ser o salário do deputado, do senador e do presidente da República. É muito justo e necessário porque, se não fizer agora, não irá fazer mais", completou.
A declaração de Lula foi feita em entrevista após jantar com o presidente de Moçambique, Armando Guebuza. Ele foi questionado sobre a possibilidade de ser votado pelo Congresso o aumento para o Judiciário e para o salário de presidente.
"Não há nenhuma novidade de que, no final de uma legislatura, eles aprovem o salário para a próxima legislatura. Isso é da Constituição. Somente no meu mandato eles fizeram uma sacanagem comigo. Em 2002, aprovaram (aumento) só para a Câmara e para o Senado", afirmou.
"Eu não reclamei porque, no dia 2 (de janeiro), o presidente do Senado, que era o Ramez Tebet, me procurou para dizer: presidente, tem uma brecha para a gente dar o seu aumento. E eu respondi: olha, meu filho, pode deixar para lá porque eu não quero como primeira medida um aumento do presidente. Fique tranquilo", acrescentou.
Questionado se estaria deixando alguma herança de gastos para o próximo governo, o presidente disse que o que existe são "compromissos de investimentos públicos".
"A Dilma, ela terá da minha parte toda a facilidade que for necessária para que a gente possa construir o melhor orçamento possível pra ela. A verdade é que nós temos compromissos de investimentos públicos e, se nós deixarmos restos a pagar, são restos de obras que estão em andamento. Portanto, não tem nenhum problema", disse.
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