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Economia
Terça - 09 de Novembro de 2010 às 00:16
Por: Fernado Cymbaluk

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PBE Veicular visa racionalizar o consumo de combustível no trânsito brasileiro
PBE Veicular visa racionalizar o consumo de combustível no trânsito brasileiro

Modelo da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia 2011Está no ar no site do Inmetro a tabela do Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBE Veicular) referente ao ano de 2011. Nela, o consumidor poderá consultar a classe de eficiência energética de veículos dentro de sete categorias específicas: subcompactos, compactos, médios, grandes, carga derivado, comercial leve e fora-de-estrada.

O PBE 2011 tem como novidade a adesão da Ford e a inclusão do primeiro modelo híbrido, o Fusion. Cada veículo participante recebe uma etiqueta (Etiqueta Nacional de Conservação de Energia) com uma nota que varia de “A” (menor consumo e combustível) a “E”. Também são informados valores de referência da quilometragem por litro, na cidade e na estrada, com diferentes combustíveis.

Na tabela de consumo e eficiência energética, as marcas Fiat e Kia aparecem com o maior número de notas “A”, com destaque para duas versões do Fiat Uno, Fiat Siena, duas versões do Kia Cerato e Kia Sorento. Também receberam notas “A” o Renault Logan e Fluence, Toyota Corolla, VW Gol e Ford Fusion. O modelo mais eficiente é o Fiat Uno na versão Mille Fire Economy, avaliado na categoria dos sub-compactos, com rendimento de 8,9 km/l (etanol) e 12,7 km/l (gasolina) na cidade e 10,7 km/l (etanol) e 15,6 km/l (gasolina) na estrada. O Novo Uno, recém-lançado, tem desempenho pior que o modelo mais antigo, com três versões avaliadas com nota “E”.

Fiat e Volkswagen são as marcas que tiveram mais modelos com nota “E”. A Fiat somou 10 versões com a pior nota, e a VW quatro. O número pode ser explicado pelo fato das duas montadoras serem as que possuem maior número de modelos e versões avaliados. Entre os menos eficientes, destaque para os VW Polo, Jetta e Passat, Fiat Strada e Kia Soul, que apresentaram rendimento variando entre 6,2 km/l e 6,6 km/l (etanol) na cidade e 10,6 km/l e 11,9 km/l (gasolina) na estrada, todos com nota "E" (confira aqui o rendimento dos veículos). Os números são declarados pelos fabricantes e verificados por comissão técnica do Inmetro.

Neste novo ciclo, 73 modelos foram etiquetados, sendo três lançamentos. Participam do programa de forma voluntária as fabricantes Fiat, Kia, Volkswagen, Renault e Toyota, além da Ford. Em entrevista à Autoesporte, o coordenador do Programa de Etiquetagem do Inmetro, Marcos Borges, disse que o objetivo do PBE Veicular é fazer com que todas as fabricantes entrem voluntariamente no programa e adotem o uso da etiqueta (que não é obrigatório, como acontece para eletrodomésticos).

Segundo Marcos Borges, a indústria automobilística dá sinais de uma grande adesão para o próximo ciclo. Ele diz também que a etiqueta do consumo energético deverá passar a incorporar informações sobre a emissão de poluentes, dado que hoje é divulgado separadamente pelo Ibama.

Estimulando eficiência

O PBE Veicular vem mostrando-se uma importante ferramenta para estimular o consumo racionalizado e eficiente de energia. Segundo o coordenador do Programa de Etiquetagem do Inmetro, Marcos Borges, houve melhora de 3% no nível geral de consumo de combustível dos modelos inscritos no PBE 2011. Além disso, 14 modelos melhoraram suas performances segundo os critérios avaliados, o que indicaria uma evolução tecnológica em 21% dos modelos participantes.

“O objetivo da etiqueta é oferecer ao consumidor mais um atributo, além do preço e da estética, para sua decisão de compra”, diz Borges. “O consumidor passa a exigir a informação, estimulando um processo contínuo de melhoria dos veículos, fazendo com que os carros tornem-se cada vez mais eficientes”, completa o técnico do Inmetro.

O PBE Veicular foi lançado em 2008 e conta com a participação voluntária das montadoras que se dispõe a informar os valores de consumo de, no mínimo, 50% de todos os seus modelos previstos para comercialização no período. O Programa do Inmetro conta com a parceria da Conpet, programa da Petrobrás para racionalização do uso dos derivados do Petróleo. Órgãos governamentais e associações, como Ibama, ANP, Cetesb, Anfavea e Abeiva, são apoiadores da iniciativa.






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