DEM não define situação de "infieis"

A direção estadual do DEM retoma, na próxima semana, as discussões sobre a infidelidade partidária que marcaram a sigla nas eleições deste ano. Pelo menos 10 prefeitos do Democratas se aliaram ao governador reeleito Silval Barbosa (PMDB), deixando de seguir a orientação da legenda de apoio ao então candidato ao governo, Wilson Santos (PSDB). O senador Jayme Campos é o principal defensor da aplicação de medidas “duras” contra os gestores.

Apesar da posição do senador, existe entendimento entre membros da direção do partido de que o assunto deva ser tratado com extrema cautela. Corrente do DEM avalia os reflexos negativos para a legenda de uma decisão, por exemplo, de expulsão em massa dos infieis. Nesse sentido, o tema tende a ser avaliado de maneira mais amena – abrindo precedentes para que os prefeitos recebam a “compreensão” sobre os atos praticados no período de campanha.

Presidente regional do DEM, Oscar Ribeiro disse que a questão da posição dos gestores deve se analisada com “muita atenção”. No entanto, reconheceu as perdas para a campanha do então postulante tucano que também atingiram o projeto do partido. O deputado estadual Dilceu Dal Bosco disputou o cargo de vice-governador na chapa majoritária encabeçada por Wilson. Dilceu também demonstrou, no período, entendimento de que o partido deve se posicionar de forma firme em relação à posição dos prefeitos infieis.

Também irá entrar em pauta na reunião ampliada do Democratas a decisão do partido de expulsar o vereador Lourivaldo Rodrigues de Moraes, o Kirrarinha. O Conselho de Ética do partido decidiu pela desfiliação do parlamentar, em decorrência de agressão praticada por contra a jornalista Márcia Pache, de Pontes e Lacerda. Com os trabalhos da sigla nas eleições deste ano, os assuntos foram adiados para definição posterior ao pleito.

A Câmara de Vereadores de Pontes e Lacerda cassou o mandato do vereador Kirrarinha há pouco mais de um mês.