Massacre em Acapulco aponta para turistas sequestrados

A polícia mexicana investiga se os 18 corpos encontrados em uma fossa comum na região do balneário de Acapulco pertencem aos turistas sequestrados na mesma zona, há um mês.
A fossa foi descoberta na terça-feira, "após um telefonema anônimo sobre dois indivíduos mortos". Quando a polícia chegou, "encontrou um cartaz sobre um dos corpos" informando sobre a cova clandestina, disse nesta quinta-feira David Sotelo, procurador do estado de Guerrero.

Segundo Sotelo, os dois corpos encontrados junto ao cartaz parecem corresponder a dois jovens que afirmaram em um vídeo no YouTube sua responsabilidade no massacre dos turistas, por ordem de um chefe do narcotráfico.

"As pessoas que estão ali (no vídeo), supostamente confessando, ao que parece são as mesmas que encontramos mortas após a denúncia" anônima.

No vídeo, os jovens revelam que os turistas foram mortos por ordem do grupo liderado por Edgar Valdez "La Barbie", detido em agosto passado e antigo aliado do cartel dos Beltrán Leyva.

O crime teria ocorrido porque o cartel La Familia, que age nos Estados de Michoacán e Guerrero, tomou uma zona que estava sob controle do grupo de "La Barbie".

Os 20 turistas, sem antecedentes criminais, foram sequestrados no dia 30 de setembro, quando viajavam do vizinho estado de Michoacán para passar o final de semana em Acapulco.

O balneário de Acapulco é cenário nos últimos dias de dezenas de assassinatos atribuídos pelas autoridades à guerra do narcotráfico, o que já afeta os hotéis da região.

O México vive mergulhado em uma guerra contra o crime organizado, no âmbito da qual foram cometidos mais de 28.000 assassinatos desde o fim de 2006, a maioria atribuídos a disputas entre cartéis do tráfico.