Wilson tem R$ 2,7 mi; família Oliveira veta todas doações
O ex-prefeito de Cuiabá, que disputou sem êxito o Paiaguás, declarou ter arrecadado e gasto apenas R$ 2,7 milhões para a realização de sua campanha. O valor é extremamente baixo numa comparação com a prestação de contas do governador Silval Barbosa (PMDB), que conseguiu R$ 21,2 milhões para investir em seu projeto político. Conforme o balancete de Wilson, que está disponível no site do TSE, o tucano não recebeu nenhuma doação da família Oliveira, do ex-governador Dante de Oliveira (falecido em 2006), que historicamente sempre contribuiu para as campanhas tucanas e, agora, resolveu ficar de fora da lista de pessoas que contribuíram. Nem mesmo a deputada federal e presidente do PSDB Thelma de Oliveira figura entre os doadores do ex-prefeito de Cuiabá.
Um dos motivos para a briga da família com Wilson teria sido o protecionismo dele com o ex-secretário de Infraestrutura Euclides Santos, que supostamente perseguiu o ex-diretor da pasta e sobrinho de Dante, Leonardo de Oliveira. Além disso, Wilson teria priorizado mais a campanha de Nilson Leitão à Câmara Federal, deixando Thelma insatisfeita. Oficialmente ela nega, mas o clima entre eles teria ficado tenso. Sem a ajuda do clã Oliveira, Wilson acabou recorrendo ao comitê de seu partido e ao seu ex-staff. A maior contribuição partiu do próprio PSDB, que praticamente bancou a campanha de Wilson, com R$ 2,4 milhão.
Já os secretários de Comunicação Flávio Garcia e de Esporte e Cidadania Moisés Dias doaram R$ 5 mil e R$ 10 mil, respectivamente. O ex-presidente da Sanecap Carlos Roberto da Costa, o Nezinho também ajudou com R$ 10 mil. A única empresa a investir no tucano foi a Maxpet Industria Plástica e Energia, com R$ 165 mil. No início da corrida eleitoral, Wilson havia estimado gastos de R$ 18 milhões, arrecadando praticamente R$ 15 milhões a menos.
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