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Policiais civis e federais são suspeitos de forjar BOs para extorsão em SP
Um delegado, dez policiais civis e cinco policiais federais são investigados sob a suspeita de forjar boletins de ocorrência para extorquir dinheiro de donos de postos de combustível. A informação é da reportagem de André Caramante publicada na edição desta quinta-feira da Folha.
As ocorrências falsas eram registradas na delegacia da Polícia Civil no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. De acordo com o texto, o esquema, segundo apuração da Polícia Federal e do Ministério Público Estadual, era sempre o mesmo: funcionários do aeroporto recebiam de R$ 100 a R$ 300 para registrar boletins de ocorrência previamente combinados com os policiais.
Nos BOs, eles contam que, ao abastecer seus carros em um posto, viram caminhões-tanque sem identificação descarregar combustível. Na queixa, os denunciantes dizem que pediram nota do combustível por terem ficado desconfiados, mas alegam que o dono não a apresentou e por isso decidiram denunciar o caso à polícia.
Com o boletim em mãos, de acordo com a investigação, os policiais civis e federais passavam a pressionar os donos dos postos para obter algum tipo de vantagem. Um dos suspeitos de chefiar o esquema é Carlos Alberto Achôa Mezher, ex-chefe da delegacia de Cumbica. À Folha ele negou as acusações.
"Eu não pedia nada [registrar os BOs]. Desculpa, deve ter algum engano. Isso aí já foi apurado. Não é comigo", disse Mezher. Após a Folha dar detalhes da investigação, ele disse se lembrar de BOs contra postos. "Acho que foram quatro, cinco ou seis boletins feitos de forma aleatória. Se alguém está a favor da corrupção e de algum ilícito com combustível, não sou eu."
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