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Quarta - 03 de Novembro de 2010 às 07:58
Por: Sissy Cambuim

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Sem entender os motivos que levaram a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), a ter menos votos no Estado do que seu adversário, José Serra (PSDB), o deputado federal eleito Ságuas Moraes (PT) acredita que, desta forma, o povo busque, mesmo que inconscientemente, balancear o poder. “Assim como em Mato Grosso, em outros Estados que elegeram governadores do PT e da base aliada, ela foi menos votada”, disse. Em todo o país, foram eleitos cinco gestores estaduais do PT e outros cinco do PMDB, partido do vice-presidente eleito, Michel Temer. Além disso, a petista também contará com a maioria do Congresso a seu favor.

Desta forma, ele aposta que o baixo desempenho da presidenciável em Mato Grosso não acarrete em prejuízos para o Estado. “Eu não acredito que a votação tenha reflexo negativo. Ela conta com todo o apoio político majoritariamente que, por si só, já é o bastante para continuarmos tendo a mesma representatividade junto ao governo federal”, explicou.

Ságuas ainda lembra que as condições de Dilma nas urnas estaduais são muito mais favoráveis do que nas últimas eleições presidenciais, quando a diferença de votos entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu então adversário, Geraldo Alckimin (PSDB), foi muito maior, ultrapassando a casa dos 200 mil votos. A petista teve, no último domingo (31), 729.747 votos (48,89%), ficando apenas 33.158 votos atrás de Serra, com 762.905 (51,11%). “Naquela época, Lula manteve Rodrigo Figueiredo (diretor-executivo do Ministério das Cidades) e nomeou Luiz Antonio Pagot como diretor-geral do Dnit”, ressaltou.

Para ele, fatores históricos e paradoxais envolvem o baixo desempenho da presidente eleita nas urnas mato-grossenses. “O ex-governador Blairo Maggi (PR) teve sua gestão aprovada por mais de 80% da população, elegeu seu sucessor, Silval Barbosa (PMDB), que conseguiu se emplacar no primeiro turno. A lógica seria que Dilma também ganhasse no Estado”, disse. “Parece que o eleitor dá poder a um grupo, mas não quer lhe dar o poder absoluto”, observou.

De acordo com ele, para entender esse paradoxo seria necessária a realização de uma pesquisa qualitativa entre o eleitorado. No entanto, ele não descarta que o preconceito religioso e uma articulação difamatória durante a campanha eleitoral possam ter tido reflexo em Mato Grosso, contribuindo para a vantagem do candidato tucano.





Fonte: RD News

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