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Esportes
Terça - 02 de Novembro de 2010 às 03:18

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Em sua primeira entrevista após o imbróglio entre ele e a imprensa, o técnico Luiz Felipe Scolari, nesta segunda-feira, se negou a pedir desculpas pelas palavras ditas e ainda fez ameaças ao dizer que "tem coisas na manga".

A irritação do técnico Luiz Felipe Scolari contra alguns jornalistas aconteceu no meio da semana passada, após o empate com o Atlético-MG por 1 a 1, pelo jogo de ida da Copa Sul-Americana. O treinador, que chamou um repórter de rádio de "palhaço", não gostou dos questionamentos sobre o meia Valdivia, que sofre com uma fibrose.

"Eu não sou obrigado a dar entrevista. Não tenho obrigação com nenhuma emissora. Dou entrevista no dia que eu achar interessante. E vocês participam da entrevista quando achar interessante. Achei que não era importante. Não ia ser bem trabalhada em torno de futebol e sim em torno de outros assuntos. Tenho um acordo e uma conversa com o pessoal da Aceesp [da Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo]. E nós acertamos alguns detalhes. E eu mantenho o meu posicionamento. É de que eles movimentassem o setor para que esclarecesse todos os lados. Não vou ficar preocupado", afirmou o comandante palmeirense.

Nesta semana, a diretoria do Palmeiras aconselhou Scolari a dar uma "recolhida" até que abaixe a poeira levantada pela polêmica envolvendo a imprensa paulistana. No último sábado, o treinador não concedeu entrevista coletiva após a vitória sobre o Goiás por 3 a 2, em Barueri.

A decisão foi motivada também por protesto de alguns jornalistas, que usaram narizes de palhaço na chegada do time ao estádio em resposta à frase dita por Scolari.

"A minha participação foi com o presidente e o vice de vocês. As pessoas representativas da entidade que me solicitaram que não mostrassem uma atitude para as coisas que eu tenho em mãos para que não acontecesse nada. A minha palavra é essa e eu mantive. Alguns que foram lá tomaram posições porque foram induzidos pelos chefes. Só de um lado que existe a ameaça ou a possibilidade disso ou daquilo. Estou sempre exposto quando vocês mencionam [o salário do técnico] todos os dias em um país como o nosso. Vamos colocar os pés no chão. Também tenho algumas coisas na manga. Cada um vai procurar os seus interesses, e os meus estão lá, em fitas e gravações", completou Scolari.






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