PSDB lançará próximo candidato à Presidência em 2012, diz Sérgio Guerra
Presidente nacional do PSDB, o senador pernambucano Sérgio Guerra defendeu neste domingo (31) que o seu partido defina o candidato à próxima disputa presidencial em 2012, dois anos antes do pleito.
"Daqui a dois anos, defendo que o partido defina o seu candidato a presidente da República, que não fique nessa polêmica de um candidato ali, outro candidato ali, que a gente tenha unidade desde o começo, projeto, organização, para construirmos a vitória", disse o senador.
Guerra falava na sede da campanha de José Serra, no centro de São Paulo, logo após o candidato tucano reconhecer a vitória de Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da disputa presidencial.
Serra lançou sua candidatura à Presidência em abril deste ano, enquanto Dilma o fez dois meses antes, em fevereiro.
O lançamento tucano ocorreu após o ex-governador mineiro Aécio Neves abrir mão de concorrer à Presidência, depois de travar disputa com Serra nos bastidores do partido.
OPOSIÇÃO RESPONSÁVEL
Segundo Guerra, o PSDB se portará de modo responsável na oposição. "Seremos democráticos, seremos firmes, mas seremos brasileiros. Não queremos o quanto pior, melhor. Estaremos dispostos a ajudar no que for importante, a aprovar o que for necessário e a combater o que estiver errado."
O senador disse também que o partido não permitirá que a coligação vencedora construa uma "hegemonia".
"O PT e os que ganharam de nós nesta eleição trabalharam para construir uma hegemonia, e não uma democracia. No Congresso, nós vamos agir para que o contraditório se estabeleça, para que a fiscalização se dê, para que o Tribunal de Contas da União seja valorizado."
"PROPAGANDA BRUTAL"
Guerra atribuiu vitória de Dilma à "força desproporcional do conjunto que se opôs a nós", acusando o governo Lula de se valer da máquina pública na campanha e de fazer uma "propaganda brutal".
Apesar da derrota na disputa presidencial, Guerra diz que o PSDB deu uma demonstração de força nesta eleição.
"Tivemos 45% dos votos dos brasileiros, elegemos oito governadores, governamos mais da metade do Brasil. Este é um grande partido e tem de ser respeitado como tal."
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