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Brasil Eleições 2012
Segunda - 01 de Novembro de 2010 às 08:30

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Eleita ontem, Dilma Rousseff (PT) terá que dividir a montagem da sua equipe de governo com explicações sobre dois escândalos que marcaram sua campanha --o caso Erenice Guerra e a quebra de sigilo fiscal de tucanos e pessoas próximas a José Serra (PSDB).

O desfecho dos dois casos, empurrados para depois da eleição, deve culminar com o período de transição do governo, entre novembro e dezembro. A posse é no dia primeiro de janeiro.

Na próxima semana, encerra o prazo dado pela Justiça para que a Polícia Federal conclua as investigações das denúncias de tráfico de influência na Casa Civil.

O escândalo envolve a sub de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra, que pode ser indiciada após ter confirmado semana passada em depoimento à PF que recebeu empresários que negociavam com a empresa de lobby dos filhos dela.

Dilma tem afirmado que não sabia de nada e criticado a conduta da sua braço direito no governo. Erenice teve de deixar o governo após a Folha revelar que um dos encontros ocorreu no prédio do governo com empresários de Campinas.

Também está em curso apuração sobre como os Correios, em especial a área de transporte de carga, foram afetados pelo lobby.

A PF deve sinalizar nos próximos dias se irá aprofundar a investigação sobre a quebra do sigilo de familiares de Serra e de tucanos.

Nos dois casos, a oposição não descarta propor CPIs caso a investigação da PF não seja conclusiva.

A sindicância do governo instalada para apurar a participação de servidores no esquema de lobby na Casa Civil também pode ser concluída no próximo dia 18, fim do novo prazo dado para o encerramento dos trabalhos.

A Folha revelou que a sindicância detectou que o esquema de lobby não se restringia à Casa Civil, mas contava com a participação de dois outros órgãos vinculados à Presidência da República --GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e SAE (Secretaria e Assuntos Estratégicos).

Os computadores de Erenice e outros dois assessores da Casa Civil estão sendo periciados pela PF e pela sindicância interna.

A PF não confirma, por exemplo, se pediu quebra de sigilos fiscal, telefônico e bancário dos envolvidos, que podem atrasar a conclusão do inquérito.






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