Tucano estaria "engasgado" com companheiros e neoaliados do DEM; ele se sentiu traído na próprio partido
Após 2º turno, WS deve apontar traidores dentro do PSDB
O silêncio do ex-prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), depois de ser derrotado na disputa pelo Governo de Mato Grosso é visto como uma ação estratégica do político. O tucano estaria "engasgado" com a direção nacional do PSDB, com algumas lideranças da própria sigla no Estado, além dos neoaliados do Democratas.
A partir desta segunda-feira (1º de novembro), dependendo do resultado do segundo turno presidencial, Wilson Santos deve soltar o grito que ficou engasgado durante a segunda etapa do processo eleitoral. O silêncio será quebrado por completo, principalmente, na hipótese de José Serra (PSDB) sair derrotado, na dispita presidencial, neste domingo (31).
No dia seguinte à apuração da votação do primeiro turno, WS chegou a anunciar que daria uma entrevista coletiva na mesma semana, mas refluiu da idéia. Segundo informações, ele teria vislumbrado a possibilidade de vitória de Serra e decidiu evitar falar sobre as eleições.
Durante a campanha, Wilson deixou claro que não teve o respaldo financeiro esperado da direção nacional para a sua campanha em Mato Grosso. Essas declarações afetariam diretamente o relacionamento com a cúpula nacional e o colocariam em uma situação difícil, em caso de vitória tucana.
Traição no ninho
Segundo as informações, o ex-prefeito também estaria insatisfeito com a atitude de alguns tucanos, durante o pleito eleitoral. Ele já revelaria nomes aos amigos próximos, afirmando que foi traído dentro do próprio ninho. Entre os alvos das críticas estariam tucanos influentes e membros da alta cúpula tucana no Estado.
Wilson deve fazer críticas quanto aos aliados nas últimas eleições, sobretudo, o DEM, que, tradicionalmente, sempre esteve em palanques opostos ao PSDB. O próprio ex-prefeito teria se arrependido amargamente da aliança, que não deu certo. Pelo contrário, até o teria prejudicado na disputa.
Em entrevista recente ao MidiaNews, Wilson evitou falar sobre a derrota, afirmando que haverá o momento certo para fazer um raio-X do processo eleitoral, que, segundo ele, será pós 2º turno.
Ele deve marcar uma coletiva, ainda na primeira quinzena de novembro, provavelmente, para abrir a "caixa de ferramenta".
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