Repórter News - reporternews.com.br
Polícia Brasil
Sexta - 29 de Outubro de 2010 às 17:25
Por: MAURÍCIO SIMIONATO

    Imprimir


Um laudo de balística apresentado pela Polícia Civil nesta sexta-feira aponta que o disparo que matou a atriz Andréia Cristina Pereira, 35, na sexta-feira passada, em Campinas (93 km de SP), partiu da arma de um policial militar.

Polícia usa imagens para esclarecer morte de atriz em Campinas
Corpo de atriz atingida por bala perdida é enterrado em Campinas

A atriz morreu depois de ser atingida por uma bala perdida dentro do carro na avenida Jesuíno Marcondes Machado, em Nova Campinas --bairro nobre da cidade. Ela estava no banco de passageiros de um Uno, dirigido por um amigo. O crime ocorreu quando eles passavam em frente a um cartório.

No local, havia acabado de ocorrer um assalto. A polícia apura se houve troca de tiros entre o policial e um dos criminosos.

O delegado responsável, José Roberto Rocha Soares, do 13º DP de Campinas, disse que o laudo indica que o autor do disparo que matou a atriz foi o PM Rogério Felipe, que estava em férias.

Segundo a polícia, o PM e uma mulher que o acompanhava haviam acabado de sair de uma agência bancária com R$ 1.500, foram ao cartório e, antes de entrar no local, acabaram abordados pelo assaltante.

Testemunhas relataram ter ouvido cinco disparos.

Imagens de uma câmera instalada no cartório mostram que, às 12h37 de sexta-feira da semana passada, o policial à paisana e a mulher chegaram ao cartório em carros diferentes. Após estacionarem os veículos, o assaltante chegou em um carro escuro. Ele vestia roupas escuras e seu rosto aparece nas imagens.

Ele abordou os dois em frente ao cartório para depois fugir aparentemente com o dinheiro. Neste momento, a imagem mostra que policial sacou a arma e atirou.

A câmera não mostra se o assaltante também fez os disparos.

O advogado do PM, Waldiner Alves da Silva, disse que seu cliente foi abordado com uma arma pelo assaltante, tentou prendê-lo e o criminoso disparou contra ele. "Ele revidou aos disparos do assaltante."

O PM argumenta que havia uma moto na cena do crime e que o tiro que atingiu a atriz pode ter vindo do motociclista, que levou o assaltante. "Se for comprovado no processo que o tiro partiu da arma dele, o policial não teve a intenção de matar a atriz", disse o advogado.

Uma pistola 380 foi encontrada nas proximidades do local do crime. Segundo a perícia, não houve disparo da arma. A polícia apura se o revólver era do assaltante. A arma do policial é uma pistola ponto 40.

O amigo da atriz e diretor do grupo de Teatro Téspis, no qual ela atuava desde 1990, Edgar Rizzo, disse que ela havia acabado de participar de uma peça infantil, parou para almoçar e, após deixar o restaurante, foi atingida pelo disparo quando passava em frente ao cartório.

A atriz deixou um filho de oito anos e era separada. Rizzo disse que a atriz atuava em três peças de teatro infantis e em uma para adultos.

A PM abriu um procedimento interno e já ouviu a versão do policial sobre o caso. Ele não foi preso.

O assaltante ainda não foi localizado pela polícia.






Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/112175/visualizar/