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MT Eleições 2014
Sexta - 29 de Outubro de 2010 às 13:12
Por: Patrícia Sanches

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O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) vai denunciar ao Ministério Público nesta sexta (29) o casal peemedebista Teté e Carlos Bezerra, eleitos para Assembleia e Câmara Federal, respectivamente, por crime eleitoral praticado neste ano. Conforme o Movimento, o presidente do PMDB e sua esposa teriam utilizado a estrutura da Empaer para fazer campanha eleitoral, o que configura uso da máquina pública. “Não foi somente o governador Silval (Barbosa) que participou da reunião. Os registros fotográficos demonstram que Carlos Bezerra e sua esposa Teté, ambos candidatos, se valeram da ocasião para fazer campanha e pedir votos. Logo, infringiram a lei, e merecem cassação do registro e do mandato eletivo”, acusou o coordenador do MCCE, Antônio Cavalcante Filho, numa referência a um processo, que corre sob segredo de Justiça, em que Silval é investigado por suposto crime eleitoral.

Conforme o processo, o governador, que é do mesmo partido que Bezerra e Teté, teria convocado servidores da empresa pública para uma reunião política. O problema é que os servidores supostamente vieram de todo o Estado, com diárias pagas pelos cofres públicos e transportados por veículos oficiais. Conforme o MCCE, diante dos fatos, logo após as eleições foi formulado um pedido de providências junto ao TRE, que culminou na abertura de um processo, recebido pelo corregedor Márcio Vidal. “Em que pese tramitar em segredo de Justiça, na dita ação há provas em áudio (discursos), vídeos (imagens) e fotografias que inserem este candidato na cena do delito. Merece ser processado por abuso de poder político e econômico e ter seu registro (ou mandato) cassado, à vista dos indícios juntados à esta petição”, diz trecho da denúncia, que vai ser protocolada nesta sexta. Nesta semana, o presidente da Empaer, Enock Alves dos Santos, e outras 4 pessoas prestam depoimento ao corregedor do TRE para esclarecer se houve ou não crime eleitoral.

 Saiba aqui sobre o depoimento dos servidores da Empaer

Além do casal Bezerra, estão na mira do MCCE os deputados federais eleitos Júlio Campos, Ságuas Moraes, Eliene Lima e Homero Pereira, além dos estaduais Baiano Filho, José Riva, Wallace Guimarães e João Malheiros, envolvidos em operações da polícia, que apreenderam provas que supostamente demonstram a ocorrência de crimes eleitorais em Várzea Grande, Alto Araguaia, Campo Verde, Juara, Arenápolis e Poconé. “Não basta punir o aliciador de votos, que se equipara a um traficantezinho de quinta ou o eleitor corrompido, uma espécie de usuário de crack. Tem que punir o beneficiário dos votos captados, o chefão do esquema, o candidato beneficiado pela conduta delituosa”, reforça o advogado do MCCE, Vilson Nery.

Ainda conforme ele, é necessário que fiquem atentos ao andamento das investigações eleitorais porque provas podem sumir. “No passado teve inquérito eleitoral que sumiu e ninguém foi punido, mas isso ficou para trás. A Justiça Eleitoral é ágil, vem dando respostas a tempo e não será diferente nesses casos. O TSE e o STF já apontaram a direção: ficha suja não pode exercer mandato eletivo, e quem compra voto e usa a máquina para se eleger não é ficha limpa”, alfinetou Nery.





Fonte: RD News

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