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Saúde
Sexta - 29 de Outubro de 2010 às 06:29

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O câncer no pâncreas cresce lentamente e pode levar anos ou até décadas para se desenvolver, segundo pesquisadores da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore. A descoberta oferece a oportunidade de diagnóstico precoce e de cura.

Os resultados do estudo confirmam que esse tipo de câncer é um dos mais letais, pois não causa sintomas até que esteja em estágio avançado.

"Isso proporciona uma grande janela de oportunidade para tentar detectar a presença da doença nos primeiros 20 anos de sua existência, antes de se tornar letal", disse Bert Vogelstein, um dos líderes do estudo.

"Se alguém pode detectar a doença com antecedência, em princípio pode curar o tumor com uma cirurgia", afirmou Vogelstein.

O câncer no pâncreas é um dos mais letais, matando cerca de 95% das vítimas em até cinco anos após o diagnóstico. De acordo com a American Cancer Society, 42.000 americanos foram diagnosticados com a doença em 2009 e mais de 35.000 morreram.

Em conjunto com pesquisadores britânicos do Wellcome Trust Sanger Institute e da Universidade de Cambridge, a equipe de Vogelstein realizou uma espécie de escavação arqueológica genética em tumores pancreáticos.

Eles coletaram amostras de tecido durante autópsias realizadas após a morte de pacientes com câncer no pâncreas. Também colheram o mesmo material de outras três pessoas cujos tumores foram removidos cirurgicamente.

Em dois artigos publicados na revista "Nature", eles descrevem como usaram as mutações nos tumores como um "relógio molecular" para medir o tempo da evolução do câncer.

O DNA sofre mutações em uma taxa que pode ser calculada e os pesquisadores já sabiam que essas mudanças foram causadas pelo câncer. Eles compararam as mutações no DNA do tumor primário --o primeiro que crescia no pâncreas-- a tumores secundários no fígado e outros órgãos.





Fonte: Reuters

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