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Terça - 26 de Outubro de 2010 às 15:47
Por: Dayane Pozzer/De Rondonópolis

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O Ministério Público de Mato Grosso, através do promotor de Justiça Cláudio César Cavalcante, solicitou nesta segunda-feira (25) o relaxamento da prisão dos dois jovens açougueiros presos há 15 dias no anexo da penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis. Eles foram acusados pela funcionária de uma lotérica do shopping da cidade de terem participação no crime de extorsão praticado contra o estabelecimento no dia 14 deste mês.

Rilly Escarião Barbosa, de 20 anos, e Natalino Silva Mendes, de 24 anos, alegam inocência. De acordo com o promotor, não há evidências suficientes para manter a prisão dos dois trabalhadores, que são funcionários do açougue do supermercado que funciona no shopping e que estavam na fila da lotérica quando o crime de extorsão aconteceu. “Não vislumbro o motivo pelo qual eles não possam aguardar a investigação e a eventual conclusão de um eventual processo em liberdade”, declarou em matéria veiculada pelo Jornal Nacional nesta segunda-feira.

Os rapazes, que dividem a cela com presos perigosos, como assassinos e traficantes de drogas, aguardam agora a decisão do juiz João Alberto Menna Barreto, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis, sobre o pedido do promotor. As famílias continuam angustiadas com a situação, mas aguardam com esperança a resolução do caso. “Meu irmão está muito triste, confuso e preocupado e perdeu muitos quilos”, afirmou Valdeci Silva Mendes, irmão de Natalino. Se o juiz não conceder a liberdade dos dois, a defesa dos jovens irá solicitar o relaxamento ao Tribunal de Justiça.

O irmão de Natalino agradeceu ainda o papel dos veículos de comunicação na divulgação dos fatos. “É muito importante porque ajuda na agilidade e dá transparência aos fatos. Temos recebido muito apoio, de amigos, familiares, pessoas que nem nos conhecem estão sensibilizadas porque acreditam na inocência deles”, declarou ao Olhar Direto por telefone nesta manhã.

O delegado Claudinei Lopes, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) solicitou a quebra do sigilo bancário e telefônico tanto dos acusados, como da lotérica para auxiliar na investigação. “Ainda não há como afirmar nada”, declarou. O proprietário da casa lotérica não tem certeza da participação dos rapazes no crime. “O que mais me deixa mal é se eles forem inocentes pagando por uma coisa que não fizeram”, afirmou.

Na última quarta-feira (20), a Polícia Civil concluiu o inquérito policial. No documento, consta que a funcionária da lotérica continuou fazendo os depósitos mesmo após os dois jovens terem deixado a lotérica. Por telefone, um homem teria ordenado que ela fizesse o depósito de R$ 9 mil em nove contas diferentes e depois rasgasse os comprovantes. Para Ulisses Macedo, advogado dos jovens, o fato abre uma brecha para que a funcionária também seja investigada, já que ela afirmou que fez os depósitos por medo dos supostos bandidos que estariam na fila e atirariam diante de qualquer reação.






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