Ex-auxiliar de Dunga, Jorginho diz que Ganso quase entrou no grupo e imaginou goleada contra Holanda
Quase unanimidade nacional, a convocação do meia Paulo Henrique Ganso para a Copa da África do Sul teria chegado a ficar próxima de acontecer. A afirmação, mais de três meses após a eliminação brasileira para a Holanda, aconteceu na tarde desta terça-feira durante entrevista do então auxiliar de Dunga na seleção, Jorginho, hoje técnico do Goiás.
"A gente pensou muito, analisamos tudo que havia se passado, o Dunga tem uma filosofia de trabalho, e inclusive convocou 30 nomes. Desses, os dois únicos que a gente realmente considerou foram Carlos Eduardo (na época no Hoffenheim-ALE, atualmente no Rubin Kazan-RUS) e o Ganso (Santos)", disse ele ao "Sportv", citando jogadores exatamente da posição mais contestada por torcida e imprensa, o meio de campo.
"Tudo o que foi feito foi muito bem feito, com muito critério, muita honestidade e conhecimento de seleção brasileira. Mas futebol é assim... Quem poderia imaginar que o Prudente iria ganhar do Santos?", acrescentou Jorginho, antes de completar: "O que aconteceu naquele segundo tempo é complicado. Eu guardava isso para mim, mas agora vou externar... Para mim, pelo jogo que estava, ia ser uns três, quatro a zero".
O treinador do Goiás ainda declarou: "O primeiro gol que sofremos foi uma falatidade. O segundo, um detalhe, de bola parada. Todo o trabalho de quatro anos é julgado por 45 minutos... Respeito a opinião das pessoas, não quer dizer que a gente não erra, mas fez tendo a convicação de que isso aí era o melhor para a seleção".
Sobre a situação de sua equipe no Campeonato Brasileiro, aparecendo no antepenúltimo lugar da tabela, Jorginho afirmou "não ser fácil enfrentar zona de rebaixamento" e concluiu: "Alguns me recebram com desconfiança aqui em Goiânia, mas estamos fazendo um bom trabalho, apesar de ainda estarmos ameaçados".
Nesta quarta, o Goiás receberá o Avaí pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.
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