Carlão deve ir para a Sanecap
O prefeito de Cuiabá, Chico Galindo (PTB), inicia hoje profunda reforma administrativa que deverá levar pelo menos seis meses até que todas as mudanças estejam concluídas. A premanência de Permínio Pinto deve ser confirmada na Secretaria de Educação e nomeação de Carlos Carlão Nascimento para Sanecap e Osvaldo Sobrinho para chefia de gabinete do prefeito.
Carlão foi candidato a deputado estadual, mas perdeu. Osvaldo trabalhou na coordenação de campanha de Wilson Santos, que não se elegeu a governo do Estado.
As mudanças afetam toda a estrutura administrativa para diminuir o tamanho da máquina que atinge a próximo de 15 mil servidores públicos, que resulta numa folha de aproximadamente, R$ 23 milhões/mês ou R$ 300 milhões/ano. O anúncio será hoje em coletiva a imprensa às 9 horas no Palácio Alencastro,
Haverá entre sete e 10 trocas no secretariado e pelo menos uma Secretaria Extraordinária, a CopaTur que é uma fusão das pastas da Copa do Mundo e de Turismo será extinta e se tornará assessoria, distintas e ligadas ao Gabinete do Prefeito no Palácio Alencastro. O atual titular da pasta é Pedro Sinohara.
Estima-se que apenas com a troca do secretariado, cerca de 100 funcionários de cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior), ou mais conhecidos como comissionados, aqueles que podem ser dispensados a qualquer momento, também sejam desligados, reduzindo a folha de pagamento e a incidência de despesas extras.
As trocas são mantidas em sigilo pelo próprio prefeito Chico Galindo (PTB) que inclusive evitou qualquer tipo de contato externo, dedicando os últimos dias para conversar com cada um dos auxiliares que serão dispensados ou remanejados para outras secretarias e cobrando dos novos auxiliares determinação, empenho, dedicação e principalmente corte rigoroso em todas as despesas de qualquer natureza, ou seja, de telefone, passando por energia elétrica, água, papel, café. Em tudo haverá economia radical.
A agonia do prefeito é retomar a capacidade de endividamento do município exaurida por excesso de dívidas e por falta de crescimento substancial na arrecadação de impostos. A matemática do prefeito é simples, com gastos crescentes e receitas sendo sonegadas em até 50% fica inadministrável qualquer órgão público ou privado.
Sem capacidade de investir recursos próprios em obras, Cuiabá fica refém de ajuda dos governos do Estado e federal.
Mesmo com uma previsão orçamentária da ordem de R$ 2 bilhões para 2011, as receitas municipais tem sido consumidas em sua quase totalidade com os 25% destinados a Educação e os 15% a saúde, conforme prevê a Constituição Federal e o restante com a folha de pagamento do funcionalismo.
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