O governador eleito do Paraná, Beto Richa, chegou ontem à noite a Cuiabá para pedir votos para o presidenciável José Serra
Richa reforça Serra em MT na reta final

O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB), chegou ontem à Capital do etado com intuito de ampliar a vantagem do candidato José Serra (PSDB) sobre Dilma Rousseff (PT) na corrida presidencial. O tucano reforçou que o candidato do PSDB tem condições de superar a vitória conquistada em oito etados no primeiro turno, entre eles Mato Grosso e Paraná. “Estou aqui dando a minha modesta contribuição a José Serra, um dos políticos mais honrados do Brasil”, afirmou o governador, acompanhado do deputado estadual Plauto Miró (DEM/PR).

Crítico de pesquisas eleitorais, Beto Richa comentou sobre as últimas consultas que revelam larga vantagem da candidata petista sobre Serra. Em seu Estado, ele conseguiu impugnar a divulgação de pesquisas eleitorais alegando imperfeições que estariam prejudicando sua candidatura. “Uma pesquisa que acabou sendo divulgada um dia antes da eleição apontou que eu estava empatado tecnicamente com meu principal adversário. O resultado foi uma diferença de sete pontos a meu favor. Nossas pesquisas internas mostram empate entre Serra e Dilma em algumas regiões e ligeira vantagem dele em outras localidades. Tenho muita confiança na vitória”, avaliou.

Em Cuiabá, ele foi recepcionado por lideranças do PSDB e DEM estadual: o senador Jayme Campos (DEM), a deputada federal Thelma de Oliveira (PSDB), o ex-prefeito cuiabano Wilson Santos (PSDB), o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) e o deputado federal eleito Júlio Campos.

Pela manhã, ele concede uma entrevista a uma rádio da Capital e depois parte para município de Lucas do Rio Verde, de onde participa de uma carreata. Ele almoça no Estado e parte para outros compromissos em Goiás. Na quinta e na sexta, o tucano concentrará as ações de campanha na sua base eleitoral. “Serra terá mais de um milhão de votos de vantagem no Paraná”, assegurou.

A intenção da cúpula mato-grossense é aumentar a diferença de 18 mil votos que o candidato tucano obteve sobre a petista no primeiro turno. “Sem dúvidas, a diferença será de 250 mil votos a favor de Serra neste segundo turno”, planejou Júlio Campos. A vantagem favorável o bloco também programa para Minas Gerais, que tem como cabo eleitoral o senador eleito Aécio Neves (PSDB). O partido ainda aguarda confirmação sobre a vinda de Aécio a Mato Grosso.

O líder nacional avaliou que o feriado de Finados, em dois de novembro, pode levar muitos eleitores às férias prolongadas, aumentando o número de abstenções no domingo de votação. Ciente do possível impacto negativo, Beto Richa orientou o candidato José Serra a pedir empenho do eleitor para a votação.

O governador eleito criticou o discurso de alinhamento político massificado pelo comitê petista e avaliou que o Estado possui condições de ampliar a atuação na esfera federal independente da vitória de Dilma. Atualmente, o Estado possui representação no Dnit, com Luiz Antônio Pagot, e no Ministério das Cidades, com Rodrigo Figueiredo. “O discurso do PT é para confundir a opinião pública. Ficam dizendo que se não votar na Dilma os estados perderão recursos. Isso não tem lógica”, finalizou. Ele admitiu que o PSDB poderia ter destacado mais as “conquistas” do governo de Fernando Henrique Cardoso durante a campanha.