Oposição volta a pedir que Murilo seja cassado
Grupos de oposição ao prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), prometem fazer hoje mais uma mobilização na Câmara Municipal para que os vereadores apreciem 4 pedidos de cassação do republicano. As entidades acusam Murilo de vários crimes, inclusive fraude em licitações e compra de material escolar em uma padaria.
O grupo inicia a mobilização a partir das 18h. O objetivo é fazer com que a Câmara aprecie em sessão plenária 4 pedidos de cassação de Murilo por improbidade administrativa e 1 para instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Os requerimentos foram apresentados pelos advogados Antônio Carlos Kersting Roque (ex-procurador-geral do município) e Garcez Toledo Pizza (ex-secretário municipal de Governo).
Essa será a segunda mobilização que os grupos promovem. A primeira ocorreu no último dia 13, quando 2 dos 4 pedidos apresentados por Roque e Garcez já foram arquivados por unanimidade pelos vereadores. O arquivamento foi marcado por agressões ao ex-secretário municipal de Esportes, Edilson Baracat, que também faz oposição ao prefeito e diz ter sido agredido pelo irmão de Murilo, empresário Toninho Domingos (também do PR), que nega a versão.
"A Câmara tem que cumpri seu papel, colocar em pauta de votação, ler os requerimentos e votar um por um", afirma Roque, que promete ingressar com um mandado de segurança na Justiça caso isso não seja feito. Alega que a Câmara é a obrigada a seguir o Regimento Interno e a Lei Orgânica do Município. A mobilização vem sendo encabeçada também por entidades que se denominam de Movimento de Defesa do Patrimônio Público (MDPP), Movimento de Defesa da Moralidade na Administração Pública (Modemap) e Movimento de Defesa de Várzea Grande (Modevag).
As denúncias de Roque e Garcez são apenas um pequeno exemplo da queda-de-braço que se transformou a disputa política em Várzea Grande. Murilo alega que os dois ex-auxiliares estão fazendo denúncias porque o município teria se recusado a efetuar pagamentos indevidos cobrados por empresas e pessoas físicas representadas pelo filho de Garcez, advogado Johnan Toledo, e que somam R$ 15 milhões a R$ 18 milhões. Até um inquérito policial foi instaurado para investigar denúncias de que cobrança de propina para liberação do dinheiro. O caso está em andamento depois de uma empresária ter afirmado que Johnan cobrou propina para liberar pagamentos na Prefeitura.
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