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Policia MT
Sexta - 22 de Outubro de 2010 às 07:08
Por: Alecy Alves

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Lourival Fernandes/DC
Polícia atribui queda sobretudo ao trabalho de inteligência sobre atuação de bandidos
Polícia atribui queda sobretudo ao trabalho de inteligência sobre atuação de bandidos

Cuiabá e Várzea Grande registraram este ano, até o dia 20 de outubro, 513 assaltos a ônibus do transporte urbano. A incidência representa quase um roubo para cada coletivo em circulação, já que as duas cidades são servidas por 545 veículos.

À primeira vista os dados podem parecer, ou melhor, são assustadores tanto para quem trabalha quanto àqueles que fazem uso do serviço. Mas a verdade é que a situação era bem mais grave nos cinco anos anteriores.

Ontem pela manhã, em uma entrevista coletiva que reuniu o comandante da Polícia Militar, coronel Osmar Lino Farias, e o gestor de Segurança da Associação dos Transportadores Urbanos (MTU), Raimundo Silva Santos, a polícia anunciou a queda do número de roubos a ônibus e a medidas adotadas na tentativa de combater esta e outras modalidades de crimes.

De acordo com as estatísticas da PM e da MTU, ano passado foram registrados 763 roubos a coletivos e outros 173 deixaram de ser informados à polícia por causa da quantidade irrisória que os bandidos levaram dos caixas. Com isso, o número real de assaltos seria 936, conforme Raimundo Santos. A diferença em relação a este ano fica em torno de 32%.

Já em 2008, apontam os gráficos, foram 794 roubos. No ano anterior, os arquivos da polícia indicam 706 assaltos a coletivos. O ano de 2005 também não foi bom para quem trabalha como cobrador e motorista do transporte coletivo da Grande Cuiabá, pois tiveram de enfrentar 820 assaltos. Este ano, as linhas de ônibus onde ocorrem mais assaltos foram as que servem os bairros 1º de Março (30 roubos), Ribeirão do Lipa (28), CPA IV (25), Santa Rosa (19), Três Barras (18) e Jardim Florianópolis (10).

A queda da incidência está sendo atribuída, em especial, ao fechamento de 417 bocas-de-fumo, às 1.150 detenções de pequenos traficantes e dependentes e à criação de um grupo do Serviço de Inteligência para cada batalhão e outras unidades da Polícia Militar.

Em Cuiabá, conforme o comandante do CR-1, coronel Zaqueu Barbosa, são nove grupos atuando simultaneamente, cada um com uma equipe que varia de três a cinco PMs investigando reservadamente, sem farda, os crimes e a maneira de atuação dos bandido. Os serviços dessas equipes estariam vinculados à Agência Regional de Inteligência, que fica no Comando Geral. O serviço ainda conta com o auxílio da MTU que, conforme Raimundo Santos, há três meses criou sua própria Inteligência e passou a ouvir os cobradores e motoristas para estudar perfil, organização, maneira de atuar e armas usadas.

Na Grande Cuiabá, além de sustentar o vício de dependentes de drogas, os assaltos a ônibus, disse Santos, é uma espécie de “prova de fogo” para o ingresso de adolescentes na criminalidade. É por isso, observou, que os roubos são praticados em dupla, sendo um menor e um maior de idade.

O comandante da PM, coronel Farias, disse que, como a polícia não tem efetivo suficiente para estar presentes em todos os bairros ao mesmo tempo, optou por atuar nos locais que apresentam maiores demandas. “Se temos uma bala só, não podemos errar o alvo”.

Essa situação, disse, deve mudar entre 2011 e 2012 com a contratação de mais policiais. Até que isso aconteça, informou ser fundamental que as vítimas de violência, seja furto ou roubo, registrem as ocorrências, para que a polícia identifique e combata os focos de criminalidade.






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