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Economia
Quinta - 21 de Outubro de 2010 às 11:02

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A queda da taxa de desemprego de agosto para setembro foi provocada pela maior oferta de postos de trabalho, gerados em número suficiente para fazer frente à procura por uma nova colocação, segundo o IBGE.

De um mês para o outro, foram criadas 147 mil vagas, mais do que o crescimento do número de pessoas ocupadas (120 mil). Ou seja, todos que procuraram emprego (condição para ser classificado como desocupado) foram absorvidos pelo mercado de trabalho.

Em setembro, a taxa caiu para 6,2%, menor patamar da série histórica do IBGE iniciada em março de 2002. Em agosto, havia sido de 6,7%, menor marca até então.

"Houve, de fato, um aumento expressivo da ocupação, que permitiu a queda da taxa de desemprego. Isso é reflexo do cenário econômico favorável, que se traduz na geração de postos de trabalho", disse Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE.

Percentualmente, a ocupação subiu 0,7% de agosto para setembro, enquanto o número de pessoas desocupadas caiu 7,5%.

No intervalo de um ano (setembro de 2009 a setembro de 2010), foram abertas 762 mil vagas --alta de 3,5%. Já a desocupação cedeu 17,7% --ou 319 mil pessoas a menos procurando trabalho.

FORMALIZAÇÃO

Para Azeredo Pereira, outro ganho proporcionado pelo crescimento da economia é o maior nível de formalização do mercado de trabalho.

De agosto para setembro, o contingente de trabalhadores formais cresceu 1% --ou alta de 103 mil pessoas ocupadas. Já ante setembro de 2009, houve expansão de 8,6% (816 mil pessoas).

Por outro lado, caiu o total de trabalhadores sem carteira (-0,9%) em relação a agosto. Já o grupo dos sem carteira subiu 0,9% na mesma base de comparação. Na comparação com setembro de 2009, esses contingentes registraram queda de 0,1% e 1,2%, respectivamente.

Ao observar a evolução do rendimento em cada um desses contingentes, Azeredo Pereira afirma que restaram apenas no mercado de trabalho os postos de trabalho informais "de melhor qualidade" --ou seja, com renda maior. "Os com rendimento mais baixo ou saíram do mercado ou arrumaram uma ocupação formal."

Na média, a alta 1,3% do rendimento médio do trabalhador de agosto para setembro, diz o gerente do IBGE, também foi fruto do maior dinamismo da economia. Também pesou, avalia, a inflação sob controle.






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