Pagot diz que “é sombra” e nega traição a campanha de Silval
O diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre (DNIT), Luís Antônio Pagot, negou nesta quinta-feira que tenha acenado com ajuda ou qualquer tipo de apoio ao candidato ao Governo derrotado nas ultimas eleições, o empresário Mauro Mendes, do PSB, e também ao candidato eleito ao Senado, José Pedro Taques, do PDT. Segundo ele, as informações que circularam nesse sentido “não passam de malidicências”. Com serenidade, disse que o governador Silval Barbosa sabe de suas ações na campanha eleitoral e se autoclassificou como “um sombra”.
“Nunca fiz questão de aparecer em nada” – disse Pagot, ao referir-se ao seu estilo. Na entrevista que concedeu ao programa “Cidade Independente”, da Rádio Cidade FM, o diretor-geral do DNIT disse que está presente na grande maioria dos principais eventos do Estado. “Muitos vezes nem apareço na foto” – comentou. “Fico embaixo do palanque, aplaudindo”. O mesmo comportamento, segundo ele, é adotado nos eventos do próprio DNIT.
Pagot lamentou que a rede de boataria tentasse desestabilizar sua atuação política junto aos aliados. Homem de confiança do ex-governador Blairo Maggi, admite que é amigo pessoal de Mendes, com quem militou no Partido da República, mas que o projeto de candidatura ao Governo Silval Barbosa sempre foi prioridade e uma decisão de grupo. “Falaram tanta coisa, até que eu estava com R$ 2 milhões no bolso na reta de campanha para ajudar o Mauro. Mas isso tudo é malidicência” – frisou.
Neste momento, Pagot está empenhando na construção da vitória em Mato Grosso da candidata Dilma Rousseff a presidente da República. No caso, a expectativa é fazer com que a petista reverta o resultado do primeiro turno, vencido no Estado pelo ex-governador de São Paulo, José Serra. Pagot afirmou no programa que Mato Grosso só tem a ganhar com a eleição de Dilma. Ele vem concitando os eleitores a pensarem nas vantagens que o Estado obteria com a manutenção do atual Governo.
Certo de que Dilma vence a eleição, Pagot, no entanto, diz desconhecer a possibilidade de permanecer no cargo. Segundo ele, trata-se de um “Governo novo”, embora lembre que as ações deverão se desenvolver com mais facilidade. “Quando ministra, a candidata Dilma já vinha tocando esses grandes projetos e programas nacionais” – frisou. Pagot lembrou que o DNIT é um dos órgãos mais visados pela classe política pelo seu caráter de resolutividade: “São R$ 10 bilhões de investimentos. São poucos os ministérios que investem tanto assim” – frisou.
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