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Nacional
Quarta - 20 de Outubro de 2010 às 20:11

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O goleiro Bruno Fernandes disse nesta quarta-feira à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Minas Gerais que confia em seu advogado e negou que o defensor, Ércio Quaresma, tenha feito ameaças a ele. A declaração foi dada hoje durante audiência para ouvir testemunhas do processo sobre o suposto sequestro e assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro.

Parentes do goleiro e a dentista Ingrid Oliveira, que se diz noiva do jogador, afirmaram ter sido ameaçados por Quaresma para que Bruno não troque de defensor; eles procuraram a OAB para denunciar o caso. De acordo com o secretário geral da entidade, Sérgio Murilo Diniz Braga, a conversa foi gravada, e Bruno se mostrou tranquilo em relação a seu advogado.

"Ele disse que quando contratou o doutor Ércio Quaresma foi por indicação de pessoas ligadas a ele e que tem a maior confiança no Ércio Quaresma. Ele se mostrou muito tranquilo quanto à contratação", afirmou Braga.

Segundo ele, o assunto foi abordado também dentro da audiência, quando a questão foi levantada pelo juiz e respondida por Bruno com tranquilidade.

Sobre a insatisfação da família de Bruno com Quaresma, Sérgio Braga afirmou que "a relação é entre advogado e cliente". "Se o cliente diz que tem absoluta confiança no advogado não há o que fazer", disse.

Porém, de acordo com Braga já existe um processo disciplinar na OAB referente à conduta de Quaresma, considerada incompatível com a atividade do advogado. "O linguajar e o fato de colocar apelido em autoridades não se compatibilizam com a atividade da advocacia", afirmou.

AUDIÊNCIA

A audiência do processo sobre o suposto sequestro e assassinato de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes de Souza
estava em seu oitavo depoimento por volta das 18h. Ao todos seriam ouvidas 22 testemunhas, mas, de acordo com TJ (Tribunal de Justiça) de Minas Gerais, o número foi reduzido para dez.

Não se sabe ainda se as outras testemunhas serão ouvidas em outro dia ou se foram dispensadas. Bruno e os outros oito acusados do crime acompanham a audiência.

Segundo o Tribunal de Justiça, a audiência está sendo presidida pelo juiz Marco Aurélio Ferenzini, titular da Vara de Precatórias Criminais. Por volta das 14h, a primeira testemunhas ainda era ouvida, mas o nome dela não foi informado. A última audiência do caso ocorreu em na última sexta-feira, em Contagem (MG), quando foram ouvidas outras três testemunhas de defesa do caso.

Uma nova audiência já está marcada para o dia 5 de novembro. Nos dias 8, 9 e 10 serão interrogados os nove acusados de envolvimento no crime. Além de Bruno, são réus Marcos Aparecido dos Santos (o Bola), Dayanne Souza, Elenilson Vitor da Silva, Flávio Caetano de Araújo, Sérgio Rosa Sales (o Camelo), Fernanda Gomes Castro, Wemerson Marques de Souza (o Coxinha) e Luiz Henrique Romão (o Macarrão).

Eliza foi vista pela última vez em junho. Apesar de o corpo não ter sido encontrado, a Polícia Civil de Minas concluiu que ela foi assassinada a mando de Bruno e seu amigo Macarrão. Eles respondem pelos crimes de homicídio, sequestro, cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menores.






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