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Quarta - 20 de Outubro de 2010 às 09:10
Por: Romilson Dourado

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Fernando Ordakowski

Atendendo ao apelo do seu antecessor e principal aliado político, senador eleito Blairo Maggi (PR), o governador reeleito Silval Barbosa (PMDB) decidiu desmembrar de novo a estrutura da secretaria de Justiça e Segurança Pública para poder contemplar no primeiro escalão o militar Eumar Novacki, que, por determinação judicial, foi rebaixado da patente de coronel para major. Com a divisão, Diógenes Curado continuará no staff como secretário de Segurança Pública e, Novacki, de Justiça. Essas duas pastas existiam dentro da estrutura da máquina estatal até o governo Dante de Oliveira (1995-2002), que, com discurso de reduzir custos e enxugar a máquina, juntou-as em uma. A partir do próximo ano, o número de secretarias sobe de 23 para 24. O governador estuda mudanças também em outras pastas, com ampliação ou redução de estrutura.

Havia um acordo entre a direção estadual do PR e seus líderes para qualquer indicação para posto importante no governo Silval passar pela chancela do partido. Maggi quebrou esse pacto. Foi negociar direto com o seu sucessor. O ex-governador pediu que Novacki voltasse a ser secretário porque, diante da decisão da Justiça de anular duas promoções que levaram o militar, num curto espaço de tempo, a sair de major para tentente-coronel e, depois, para coronel, serão necessários no mínimo mais dois anos de atuação para o agora major poder subir a mais alta patente na carreira militar.

Nos sete anos e três meses da gestão Maggi, Novacki passou por três cargos. Começou como ajudante de Ordens do governador. Depois assumiu a Casa Civil e, por alguns meses, acumulou também o comando da Comunicação Social, se tornando um dos mais influentes do Paiaguás. Teve ainda o privilégio de receber as promoções. Com a promoção de coronel, Novacki estava ganhando de subsídio desde abril deste ano mais de R$ 12 mil mensais. Como viu cair duas patentes, a partir de uma renúncia que sustenta que as promoções teriam sido irregulares, voltou a ganhar menos de R$ 6 mil como major.

Em princípio, estudou-se a possibilidade de Novacki assumir ou a Casa Militar ou o comando-geral da PM, hoje sob os coroneis Antonio Roberto Monteiro de Moraes e Osmar Lino Farias, respectivamente. O governador reeleito fez uma pesquisa junto à corporação e descobriu que o ex-secretário iria enfrentar forte resistência. Diante disso, buscou outra alternativa, que é o desmembramento da Sejusp. O assunto ganhou repercussão nos bastidores com o retorno de Novacki ao Palácio Paiaguás esta semana. Depois que saiu do staff junto com Maggi, em 31 de março, ele não tinha mais aparecido nos gabinetes. Aos aliados, o major alegou que "não tem como voltar à ativa nas ruas porque está desacostumado".





Fonte: RD News

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