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Saúde
Quarta - 20 de Outubro de 2010 às 08:29

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A greve mais longa da história do Hospital Universitário Júlio Müller (HUJM), em Cuiabá, que já completa 16 dias de duração, pode encerrar ainda esta semana após uma reunião entre servidores e reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Os servidores paralisados aceitaram a iniciativa da UFMT de contratar uma auditoria externa para verificar a viabilidade da implantação da redução da jornada de trabalho das atuais 40 horas para 30 – principal reivindicação da categoria.

Os servidores acreditam que a redução pode ser feita a partir de uma readequação nos plantões diminuindo, em especial, o atendimento nos finais de semana. Para a reitora da UFMT, Maria Lúcia Cavalli Neder, uma determinação judicial impede tal mecanismo. “É por isso que precisamos de um estudo apurado em cada setor para vermos quais impactos a redução vai trazer. Todo hospital precisa estar em pleno funcionamento”, salienta.

A contratação da auditoria será via licitação ou convênio. As duas possibilidades são estudadas pela universidade. Além da redução da carga horária de trabalho, os grevistas ainda aguardam a solução de outros problemas estruturais.

De acordo com a coordenadora do movimento grevista, Ana Bernadete de Almeida, as paredes do Centro de Esterilização estão com uma quantidade enorme de fungos, atraídos pela alta concentração de umidade. “Se nada for feito, os pacientes da unidade correm risco de contrair infecções”, adverte a coordenadora. Eles também aguardam a contratação de uma empresa de segurança para cuidar mais de perto dos caixas-eletrônicos. Pacientes e servidores já foram feitos reféns por conta dos equipamentos bancários. Eles ainda exigem reformas na caldeira, que disponibiliza água quente à unidade.

À reportagem, a reitora informa que todas as reivindicações já seguiam trâmite administrativo dentro da unidade hospitalar e que não havia necessidade de uma greve. “Quem padece com a greve é a população mais carente, pois todos os nossos atendimentos são via SUS (Sistema Único de Saúde)”, reflete Maria Lúcia.

Em relação à segurança no hospital, a reitora se mostrou contrária à implantação de uma segurança armada. Mesmo assim, ela vai abrir processo licitatório para ampliar a segurança. A reitora acredita que, a partir de 2011, a estrutura do Júlio Müller vai melhorar devido à aquisição de recursos do MEC. “Até aqui sempre ficamos no déficit. Os recursos serão ampliados, mas todos precisam ter paciência”, anuncia a reitora. A auditoria em todos os setores do HUJM deve durar 60 dias.






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