Vereador reabre a polêmica sobre passe livre em Cuiabá
O vereador Júlio Pinheiro (PTB) quer desonerar a prefeitura do pagamento do passe livre concedido para os estudantes de Cuiabá. O parlamentar quer que o Estado pague o transporte dos estudantes das escolas estaduais e o governo federal, os das escolas federais.
Conforme o vereador, a prefeitura gasta anualmente R$ 14,4 milhões por ano com o repasse às empresas de transporte coletivo. Júlio explica que, em 2001, a Câmara aprovou, mas não regulamentou a lei, deixando todo o custo para prefeitura. “Com esse dinheiro daria para construir 30 novas escolas por ano ou asfaltar três bairros”.
Pinheiro não quer o fim do passe livre, mas defende até a volta do passe livre dos estudantes estaduais e federais caso os governos não contribuam. “A questão é polêmica, mas eu vou levantar essa discussão. Pode desagradar alguns, mas vai agradar a outros, como os trabalhadores, que pagam todos os dias uma tarifa muito alta”, disse o vereador.
Cuiabá foi a primeira cidade brasileira a aprovar o passe livre estudantil, em dezembro de 2001. Nessa primeira aprovação, 70% dos estudantes tinham o benefício. Hoje todo estudante, inclusive de escolas particulares, podem ter o passe livre.
Uma das consequências desse projeto é o aumento da tarifa de ônibus. No período de 2001 e 2010, a passagem passou de R$ 1,20 para R$ 2,30.
Júlio Pinheiro, mesmo sendo do mesmo partido do prefeito Chico Galindo, garante que, mesmo sendo um assunto polêmico e que deve gerar “dor de cabeça” ao prefeito, vai levantar em plenário.
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