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Economia
Quarta - 20 de Outubro de 2010 às 06:33
Por: Marianna Peres

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Silval Barbosa segue hoje para Santa Cruz de La Sierra onde se encontra com ministro boliviano, Carlos Villegas
Silval Barbosa segue hoje para Santa Cruz de La Sierra onde se encontra com ministro boliviano, Carlos Villegas

Uma comitiva mato-grossense embarca hoje, no final da tarde, com destino a Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com um único objetivo: pôr fim à crise do gás natural em Mato Grosso. O encontro marcado para amanhã, será na sede da estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos, a partir das 8h. O governador Silval Barbosa, em sua primeira viagem internacional após assumir o Estado em 31 de março deste ano, lidera as negociações em prol do restabelecimento, por parte do governo boliviano, do suprimento de gás natural ao Estado e a conseqüente reativação da usina térmica de Cuiabá, como de todo mercado que gira em torno desta matriz, como abastecimentos veicular e industrial, e a prestação de serviços como as oficinas convertedoras de carros a gás.

O encontro contará com as presenças do ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas e seus técnicos, do governador Silval Barbosa, do ex-governador do Estado, Blairo Maggi, do prefeito de Cuiabá, Chico Galindo, do secretário de Estado de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf, do ex-chefe do Escritório do Governo em Brasília, Jefersson de Castro e do diretor-presidente da Pantanal Energia, controladora da usina térmica Mário Covas, Fábio Garcia.

“Vamos para esta viagem com a expectativa de encerrar definitivamente todas as etapas das negociações referentes à retomada do fornecimento de gás ao Estado junto ao governo da Bolívia”, frisa o governador. Como completa o secretário Nadaf, foram inúmeros encontros e reuniões ao longo dos últimos meses para que “chegássemos a este momento. O dia ‘D’”.

A reativação do mercado de gás no Estado – que obrigatoriamente passa pela ativação da usina térmica, a maior consumidora do gás em Mato Grosso – mobilizou agentes estaduais e da União para se chegar a uma solução definitiva.

AVAL – A solução definitiva acordada entre Estado e União é a entrada da Petrobras no mercado local. A estatal brasileira concorda em ser fornecedora de gás ao Estado, mas depende do aval boliviano para que um aditivo seja incluído ao contrato de compra e venda de gás já estabelecido entre Petrobras e YPFB. Atualmente, a estatal nacional detém um contrato que assegura a recepção de 31 milhões de metros cúbicos ao dia e somente cerca de 2 milhões a 2,8 milhões de metros cúbicos é que serão enviados ao Estado. Apesar de ser uma questão de logística da Petrobras, a estatal aguarda desde maio pelo aval boliviano.

ENERGIA - Para Fábio Garcia a crise “está com os dias contados”. Como aponta, mais do que garantir o sucesso do mercado do gás natural no Estado, o acionamento das turbinas da Mário Covas, asseguram a recepção de uma energia confiável ao mato-grossense. Nesta época do ano, o sistema elétrico local fica vulnerável às intempéries e as interrupções no fornecimento de energia tornam-se constantes, como frisa a própria concessionária, a Cemat. “A Baixada Cuiabana é a região mais suscetível à falta de luz. Se a usina estivesse em operação, por exemplo, aliviaria a sobrecarga, principalmente, da subestação do Coxipó. Mais que isso, os megawatts gerados pela térmica podem reforçar o sistema interligado nacional e assim, contribuir para um melhor planejamento energético pelo Operador Nacional do Sistema, o ONS, ou seja, para o país". A usina funcionando em ciclo combinado de gás e vapor pode gerar até 520 megawatts, carga suficiente para atender a 70% da demanda mato-grossense.






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