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Brasil Eleições 2012
Terça - 19 de Outubro de 2010 às 14:39

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Seguindo a estratégia de tratar as suspeitas contra o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza (conhecido como Paulo Preto) como um dos principais temas da campanha presidencial, o PT anunciou no início da tarde desta terça-feira que pedirá ainda hoje à Procuradoria Geral da República investigação contra o engenheiro.

Na semana passada, o partido já havia feito pedido semelhante ao Ministério Público de São Paulo. A argumentação oficial para a nova medida é que há suspeitas de irregularidades na manipulação de verbas federais para a obra do Rodoanel, administrado pela Dersa (empresa pública paulista).

Reportagem da revista "IstoÉ" sustentou que líderes tucanos teriam afirmado que o ex-diretor da Dersa havia fugido com R$ 4 milhões arrecadados informalmente para a campanha de José Serra (PSDB) à Presidência da República.

O episódio foi relembrado por Dilma Rousseff (PT) no primeiro debate com Serra neste segundo turno, na TV "Band".

O tucano nega ter que o episódio envolvendo o ex-diretor tenha ocorrido.

Em entrevista à Folha, Preto negou ter arrecadado o dinheiro, mas disse ter criado "condições" para que a campanha de Serra conseguissem recursos. Na mesma entrevista, Preto ainda deu uma declaração que foi encarada como ameaça por adversários políticos de Serra.

"Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro".

No pedido de hoje, que será apresentado por líderes de partidos que integram a candidatura de Dilma, o PT sugere investigação nas relações mantidas entre Paulo Preto e construtoras que atuaram em projetos financiados pela Dersa.

O partido quer ainda apuração da atuação da filha do ex-diretor da estatal, Piscila Arana de Souza Zahraz, como advogada de empreiteiras contratadas pelo governo.

O PT discutiu o assunto em reunião de sua Executiva Nacional, em Brasília. "O cidadão virou personagem central da campanha e o Serra não investiga nada, não fala nada", disse o líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE).

O secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas (PR), insinuou que o pedido feito em São Paulo não estaria surtindo efeito. "O Ministério Público de São Paulo parece que só funciona se implorar a ele para investigar."






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