Cabos eleitorais cobraram o presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), que tentou uma vaga na Assembleia Legislativa.
Querem me sacanear, diz Deucimar sobre cabos eleitorais sem pagamento
A sessão da Câmara de Cuiabá desta terça (19) foi marcada pelo protesto de supostos cabos eleitorais que teriam trabalhado durante a campanha eleitoral e não receberam pagamento pelo serviço contratado. Logo no início, um grupo cobrou o presidente da Câmara, Deucimar Silva (PP), que tentou uma vaga na Assembleia. Antes do término, mais quatro pessoas apareceram para cobrar o coordenador da campanha do governador reeleito, Silval Barbosa (PMDB), vereador Francisco Vuolo (PR).
O primeiro grupo reclamou da falta de pagamento por parte do vereador. De acordo com uma das manifestantes, Jucileide de Moraes, cerca de 400 pessoas teriam levado o “calote” do progressista. Ela explica que Deucimar teria contratado os cabos eleitorais em diversos pontos da região Sul da Capital em contratos que variavam de R$ 400 a R$ 600 mensais. “Trabalhei três meses e recebi apenas R$ 200”, reclama. Segundo Jucileide, em alguns casos, os contratos teriam sido mediados por um funcionário da Câmara.
O vereador reuniu o grupo para conversar em seu gabinete e negou veementemente as acusações, ressaltando que existe um documento registrado em cartório proibindo a participação dos servidores do Legislativo em campanhas eleitorais. Ele ainda destaca que contratou apenas 300 cabos eleitorais e que a listagem completa foi entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), conforme determinação da Justiça. Para Deucimar, a manifestação tem cunho político. “Isso é fruto de alguém que quer me sacanear”, disse.
Já Vuolo reconheceu a participação dos cabos eleitorais durante a campanha. Eles fazem parte de um grupo de 20 pessoas contratadas pela majoritária, por meio do pastor José Cícero de Almeida. O combinado seria que cada um receberia a quantia de R$ 510 por mês para trabalhar nas campanhas do vereador Leve Levi (PP) e do deputado federal Eliene Lima (PP), além da atuação na corrida para o Governo.
Exaltadas, Áurea Maria Lima e Maria Tereza garantem não ter recebido o pagamento até o momento e que estavam cansadas de procurar a solução. “Não sabemos mais a quem recorrer. Nos mandam de um lugar para outro e nada”, desabafaram. Diante da situação, o coordenador, que ressaltou que o dinheiro tinha sido liberado pela majoritária para o pagamento dos cabos eleitorais, garantiu que vai se empenhar em saber o que aconteceu para solucionar o embate.
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