Etnia Piripkura está ameaçada de extinção
No ano passado, indigenistas da Fundação Nacional do Índio (Funai) fizeram o último contato com eles. Um precisou ser é para a cidade fazer uma cirurgia. Após se recuperar, voltou para a floresta.
Uma das medidas tomadas pela Funai para tentar preservá-los foi a restrição à entrada e permanência de pessoas estranhas nas terras. Isso ocorreu há 2 anos. Na última quarta-feira, a Funai publicou a prorrogação por mais 2 anos.
A área, que possui 242 mil hectares, é monitorada com apoio do Ibama e Polícia Federal.
O técnico da Coordenação Geral de Índios Isolados, Ariosvaldo dos Santos, explicou que o isolamento tem como principal objetivo garantir a proteção territorial contra o avanço de fazendas de gado. Além disso, prevenir os riscos à saúde dos índios. "A Funai tem a responsabilidade de assegurar os direitos dos índios e fazer um controle com relação às contaminações".
Enquanto isso, a fundação continua os estudos sobre outros grupos isolados naquela região. Em todo o país, há indícios da existência de 70 povos indígenas que vivem isolados, sem contato algum com a civilização. Nos últimos anos, foi confirmada a localização de 25 deles. Esse trabalho de identificação e contato é demorado e pode levar de 2 a 5 anos. Primeiro, as equipes verificam vestígios de ocupação do grupo, como uma fogueira, objetos e utensílios.
Depois de um tempo de trabalho em campo, integram índios que falam a possível língua do grupo à equipe, para que, se necessário, seja possível o contato. Porém, o principal objetivo é manter os índios como e onde eles estão, mudando o mínimo possível seu ambiente e sem estabelecer contato.
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